Real amarga pior desempenho no mundo com incertezas locais
O dólar começou a semana em firme alta contra o real, que teve o pior desempenho entre as principais moedas nesta sessão. Compras defensivas antes da votação da TLP, prevista para amanhã, ruídos políticos e a liminar federal que proibiu leilão de usinas da Cemig compuseram um quadro favorável à maior demanda pela divisa americana.
Analistas citaram com frequência o impedimento da realização dos leilões de usinas da Cemig. Com a venda, o governo espera obter R$ 11,1 bilhões, dinheiro que ajudaria a cumprir o déficit primário de R$ 159 bilhões previsto para este ano e recentemente aumentado. A Aneel informou que entrará com recurso contra a decisão. Amanhã, o STF deve julgar a ação cautelar sobre o caso movida pela Cemig.
O risco de menos receitas vem num momento em que a gravidade da situação das contas pública fica ainda mais explícita, sobretudo após o governo piorar as metas de déficit para este e os próximos anos.
E com a reforma da Previdência neste ano fora do radar e o noticiário fiscal recente dando motivos para preocupação, investidores miram a aprovação pelo menos de medidas paralelas que ajudem a conter a piora de expectativas para a dívida pública. A TLP entra nessa lista por potencialmente reduzir o subsídio implícito nos financiamentos concedidos pelo BNDES - hoje corrigidos pela TJLP. Isso daria maior potência à política monetária e permitiria juros estruturalmente mais baixos no futuro.
No fechamento do mercado interbancário, o dólar subiu 0,74%, a R$ 3,1692.
No mercado futuro, em que os negócios vão até as 18h, o dólar para setembro tinha alta de 0,65%, a R$ 3,1760.
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