Juros futuros têm queda moderada de olho na Selic
Os juros futuros de curto prazo experimentaram queda moderada nesta quinta-feira (24), repercutindo expectativas de que a Selic siga em baixa. O mercado ajustou posições atento às mais recentes sinalizações do Banco Central, que foram entendidas como respaldo a apostas de juro básico perto ou mesmo abaixo de 7%.
O Valor coletou, ontem,relatos de economistas que estiveram presentes em reuniões com o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana. Segundo as informações colhidas, Viana disse que o BC não necessariamente precisa encerrar o ciclo de alívio monetário em "escadinha" ? ou seja, desacelerando a magnitude dos cortes. O diretor também reconheceu a possibilidade de o Banco Central precisar normalizar a política monetária no ano que vem.
Numa semana em que a inflação voltou a surpreender para baixo e o governo obteve avanços na agenda de reformas, operadores interpretaram os comentários de Viana como um sinal de venda de juros. A queda das taxas curtas, no entanto, foi moderada, em parte pelo entendimento de que o diretor do BC apenas "chancelou" o "call" de quem já via o juro básico perto de 7%.
Uma análise mais fundamental da parte dos analistas sugere que surpresas de baixa nos preços e na atividade econômica abririam espaço, sim, para o juro testar o território de 6%. Por outro lado, outros agentes de mercado enxergam derrubar a Selic para 7,5% ou 7% como um movimento já "agressivo", especialmente quando se leva em conta a gravidade da situação fiscal.
No cômputo geral, passada a reação do começo do dia, o mercado ponderou o ajuste de posições. A diferença entre os DIs janeiro/2019 e janeiro/2018 ? uma "proxy" para as expectativas do mercado em relação aos movimentos da Selic ao longo de 2018 ? caiu 3 pontos-base, para -6 pontos-base. De fato, é o menor patamar em nove dias. Mas a queda de hoje foi menor que a verificada ontem (-4 pontos-base).
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2018 caía a 7,930% (7,975% no ajuste anterior). A curva projeta Selic em torno de 7,4% ao fim deste ano. Ontem, os contratos indicavam juro mais próximo de 7,5%.
O DI janeiro/2019 cedia a 7,870% (7,940% no último ajuste). Na mínima, foi a 7,840%.O DI janeiro/2021 recuava a 9,290% (9,380% no ajuste de ontem).E o DI janeiro/2023 tinha queda a 9,920% (10,000% no ajuste anterior).
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