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Bolsa opera com leve alta e Vale e Petrobras no foco; dólar sobe

28/08/2017 13h41

O Ibovespa manteve o sinal positivo nesta manhã, mas a alta no começo da tarde é pequena. Segundo operadores, além de algumas boas notícias envolvendo companhias de peso no índice, a queda dos juros futuros e a resistência das bolsas americanas a uma realização contribuem para manter o Ibovespa em leve alta, mesmo após o forte ganho recente.


Às 13h35, o Ibovespa subia 0,04% aos 71.105 pontos, mas chegou a alcançar 71.390 pontos na máxima do dia. Analistas acreditam que há espaço para o índice romper o próximo ponto de resistência, que está ao redor dos 73.500 pontos. E, depois disso, pode seguir em alta.


Esse quadro levou a XP Investimentos a revisar seu cenário para o Ibovespa em 2018. Sua projeção agora é de um índice em 85.200 pontos, o que significa uma valorização de 20% em relação ao nível atual. No fim de junho de 2017, o cenário-base da XP era de que o Ibovespa chegaria a 77.500 pontos no fim do próximo ano.


O cenário-base traçado pela XP considera que a atividade econômica continua dando sinais de que o pior ficou para trás e as empresas irão apresentar resultados crescentes nos próximos exercícios. "Temos um quadro de cenário externo benigno e um reformista vencendo as eleições. O cenário de percepção de risco também é cadente, com elevação da atratividade dos investimentos em bolsa", afirma o relatório.


Em meio às oscilações do dia, Petrobras e Vale continuam chamando a atenção pelo desempenho firme. A mineradora rompeu o limite dos R$ 34,00 e, às 13h09, subia 1,69%, aos R$ 34,39.


O cenário positivo para o minério de ferro vem beneficiando a ação da Vale. Nesse contexto, o BTG divulgou relatório em que diz que comprar esses papéis é um bom negócio com o minério acima de US$ 60,00. Hoje, a commodity terminou cotada a US$ 77,15 por tonelada no mercado chinês.


Outra notícia envolvendo a Vale é o anúncio do resgate de US$ 1 bilhão de bônus de subsidiária com vencimento em 2019, dentro de sua estratégia de fortalecer o balanço e reduzir endividamento.


Petrobras também segue em sua toada positiva. Às 13h12, ganhava 0,22%, no caso da ação PN. Já Petrobras ON cedia 0,62% para R$ 14,39, depois de tocar a máxima de R$ 14,65.


O conjunto de boas notícias envolvendo a companhia, que tem como principal destaque a expectativa de privatização da BR Distribuidora, está levando o mercado a diminuir apostas na queda do papel no mercado de aluguel de ações. Segundo dados da bolsa, o volume de posições em aberto no mercado de empréstimo de ativos de ações ordinárias da petroleira no dia 25 estava em 42 milhões na sexta-feira, ante quase 51 milhões na quinta-feira, uma queda de 17%. Segundo profissionais que acompanham esse mercado, foi a maior oscilação observada de posições vendidas.


Nesta manhã, foi anunciada a nomeação do novo diretor financeiro da BR Distribuidora, Rafael Grisolia. Esse é mais um evento que prepara a companhia para a abertura de capital. Na sexta-feira, a empresa anunciou uma reorganização societária da BR, o que foi bem recebido e contribuiu para que as ações da petroleira seguissem em alta, num dia de ajustes do índice.


Dólar


O dólar tem leve alta no começo da tarde desta segunda-feira. Com movimentação apenas moderada no exterior, a divisa americana também aguarda novos catalisadores domésticos. Os agentes financeiros operam em compasso de espera pelas votações no Congresso ao longo da semana, também para verificar a capacidade de o Planalto de avançar em sua agenda econômica, incluindo a reforma da Previdência. Até que haja um pouco mais clareza, as oscilações na renda fixa devem ser limitadas.


O governo planeja agora votar a mudança das metais fiscais na terça-feira. Com isso, a apreciação da matéria que cria a TLP, nova taxa de juros do BNDES, deve ficar para quarta-feira na Câmara e, em seguida, vai para o Senado. O governo tenta aprovar a mudança no alvo fiscal até dia 31 de agosto, quando é preciso mandar o projeto da lei orçamentária de 2018. Já a Medida Provisória (MP) que trata da TLP tem de ser votada até 6 de setembro, ou então a medida vai caducar.


As votações desta semana parecem "bem encaminhadas", diz o sócio e gestor Paulo Petrassi, da Leme Investimentos. "Mesmo com (o presidente Michel) Temer em viagem na China, as votações avançam e podem até alimentar uma pequena esperança para a reforma da Previdência", diz. A leitura, entretanto, é de que projeto inicial da reforma ainda deve passar por desidratação.


O posicionamento dos investidores no mercado de câmbio sinaliza algum conforto com o nível mais baixo do dólar. Na semana passada, os investidores estrangeiros diminuíram a posição comprada no mercado de derivativos cambiais. Considerando dólar futuro, DDI e Swap, essa alocação caiu de 327 mil contratos para 271 mil papéis. As vendas líquidas foram registradas em todos os dias da semana, marcando assim a sequência mais longa em 2017.


Vale destacar, entretanto, que na semana passada o dólar teve leve alta ante o real, com segundo pior desempenho global. Entre os pontos de atenção, os agentes financeiros ainda aguardam a apresentação de nova denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer.


Às 13h35, o dólar comercial opera a R$ 3,1590, em alta de 0,16%.






Juros


Os juros futuros operam bem próximos da estabilidade nesta sexta-feira. Apesar de contido, o viés de baixa nas taxas reflete a expectativa positiva a respeito do apoio parlamentar à iniciativas de cunho fiscal do governo. Os agentes financeiros aguardam votações no Congresso ao longo da semana também para verificar a capacidade de o Planalto de avançar em sua agenda econômica, incluindo a reforma da Previdência. Até que haja um pouco mais clareza, as oscilações na renda fixa devem ser limitadas.


ODI janeiro/2021 marca 9,290% (9,300% no ajuste anterior) e o dólar comercial registra R$ 3,1545 (+0,01%).


O DI janeiro/2018 cai a 7,850% (7,880% no ajuste anterior) e DI janeiro/2019 exibe 7,820% (7,820% no ajuste anterior).