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"Inflação do aluguel", IGP-M volta a subir em agosto

30/08/2017 08h41

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) voltou a registrar inflação em agosto após quatro meses de queda. Puxado pelo encarecimento do minério de ferro e dos combustíveis, o indicador avançou 0,10% este mês, depois da retração de 0,72% em julho. No ano, o índice ainda acumula queda de 2,56% e, em 12 meses, recua 1,71%.


O aumento do IGP-M ficou ligeiramente acima da média prevista 17 instituições consultadas pelo Valor Data, de 0,08%.


O minério de ferro saltou de 1,47% para 11,65% no mês e foi a principal pressão dentro do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) que, contudo, registrou ainda uma pequena retração (0,05%) depois de ter caído 1,16% em julho. O óleo diesel, fartamente utilizado na indústria e nos fretes, também ficou entre os preços que mais elevaram o IPA, ao passar de -7,72% para 3,32%.


Com a alta do minério, o grupo de matérias-primas brutas do IPA deixou deflação de 1,37% em julho para subir 1,04% em agosto. Também pressionaram neste sentido outras commodities como milho em grão (-7,35% para -2,48%) e laranja (-11,66% para 2,84%). No recorte por origem dos produtos, os preços industriais avançaram de -0,66% para 0,48% em agosto, enquanto os agropecuários tiveram queda de 1,61%, deflação menor que a de -2,60% em julho.


Além de pesar sobre os fretes, os combustíveis também ficaram mais caros para o consumidor final, empurrando o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 0,04% para 0,33% em agosto. O impacto da alta do PIS/Cofins, anunciada em 20 de julho, levou a gasolina a subir 8,50% (de -2,03%) e o etanol a avançar de -3,07% para 6,59% em agosto. O IGP-M é calculado com base nos preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência e, portanto, engloba justamente os dias imediatamente posteriores à alta do PIS/Cofins.


Entre as oito classes que compõem o IPC-M, quatro registraram avanço em agosto e o mais intenso deles veio justamente de transportes (-0,42% para 1,70%). Também apresentaram acréscimo habitação (0,46% para 0,53%), saúde e cuidados pessoais (0,32% para 0,34%) e despesas diversas (0,08% para 0,13%).


Em contrapartida, apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos educação, leitura e recreação (0,67% para 0,03%), alimentação (-0,44% para -0,47%), vestuário (0,00% para -0,28%) e comunicação (0,32% para 0,26%).


Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,40% em agosto. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu de 0,03% para 0,20%. O índice que representa o custo da mão de obra acelerou de 0,37% para 0,56%.



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