Dólar recua para mínima em 1 mês em meio a novos fatos políticos
Em queda desde a abertura, o dólar terminou a sessão desta terça-feira no menor nível em um mês. Boa parte do movimento é atribuído à redução da percepção de risco em torno da governabilidade de Michel Temer. Ainda assim, os investidores se mostram reticentes sobre um avanço firme da reforma da Previdência e a tendência de baixa da divisa americana ainda depende do ambiente externo.
Domesticamente, a leitura no mercado é de que as provas que serviriam de base para uma nova ofensiva da PGR contra Temer perderam credibilidade. Isso porque o próprio procurador-geral Rodrigo Janot alertou sobre possíveis irregularidades no âmbito do acordo de delação premiada de executivos da JBS. A denúncia agora teria poder menor de enfraquecer a governabilidade de Temer ou atrapalhar a tramitação das medidas econômicas no Congresso.
"A denúncia estava prestes a sair e agora o governo ganha argumentos para enfrentar qualquer acusação que venha da JBS", diz o executivo de uma gestora paulista. Nesse arcabouço, entraria até a iniciativa do Congresso Nacional de instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para apurar, entre outras questões, os procedimentos do acordo de delação premiada da JBS. "Vai tudo na direção de enfraquecer a delação premiada da JBS e o governo parece estar mais próximo de vencer a disputa com a PGR", acrescenta o gestor.
Roberto Indech, analista-chefe da Rico Investimentos aponta que os mercados trabalham positivamente com a perspectiva de avanço na agenda de reformas do governo. Com isso, ele enxerga que no curto prazo o dólar tem espaço de queda. "A tendência é ficar mais próxima de R$ 3 do que R$ 3,30", diz. Entretanto, a perspectiva não se traduz linearmente em ganho de apoio para aprovação da reforma da Previdência. "É um obstáculo muito maior que outras votações, como criação da TLP (Taxa de Longo Prazo) e a reforma trabalhista", diz .
Nesta terça-feira, o dólar comercial fechou em baixa de 0,57%, cotado a R$ 3,1191. Este é o menor nível desde terminou a sessão de 3 de agosto em R$ 3,1128. Com isso, a divisa já acumula cinco sessões seguidas de baixa.
Por volta das 17h, o contrato futuro para outubro recuava 0,84%, a R$ 3,1260.
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