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IBGE: Mesmo com sequência de alta, indústria segue abaixo do pico

05/09/2017 13h29

Com o novo aumento da produção em julho, a indústria brasileira completou seu quarto mês consecutivo de taxas positivas, acumulando no período avanço de 3,4%. O setor não tinha uma sequência tão longa de alta desde 2012, ano em que a apurou cinco avanços consecutivos entre abril e agosto (+4,3% acumulados).


Segundo o gerente da Coordenação da Indústria do IBGE, André Macedo, a sequência positiva de taxas permitiu que a produção da indústria voltasse a operar no patamar visto em outubro de 2015. Isso significa que parte das perdas da crise foram recuperadas. O patamar, contudo, também é semelhante ao visto em março de 2009.


"Você tem claramente melhora recente da produção industrial, mas ainda assim a indústria encontra-se 17,2% abaixo do pico histórico de junho de 2013. As perdas do passado são ainda significativas", disse o gerente.


Segundo Macedo,alguns setores não equalizaram ainda seus níveis de estoques, como por exemplo a indústria automobilística.


"A própria associação do setor comentou sobre os estoques. Mesmo sabendo que o setor de veículos tiveram comportamento positivo ao longo de 2017, é um comportamento errático", disse Macedo, para quem o indicador é um "sinal de alerta".


A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias cresce 7,6% neste ano, puxada sobretudo pelo demanda do mercado externo. Em julho, porém, a produção do setor recuou 0,4% frente ao mês anterior.


Difusão


Dos 805 produtos acompanhados pela Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), 435 (54% do total) apresentaram aumento de produção na passagem de junho para julho, pela série com ajuste sazonal.


O chamado índice de difusão voltou assim a ficar acima de 50%, após registrar 46,1% em junho. Tratou-se ainda da maior difusão para o mês desde 2013 (55,9%), informou o IBGE.


Quando aberto pelas grandes categorias econômicas, o maior avanço da difusão está na atividade de bens de consumo duráveis, cujo índice saltou de 51,4% em junho para 74,3% em julho, segundo a pesquisa.


De junho para julho, a difusão também avançou em bens de capital (de 47% para 59,1%), bens intermediários (de 47% para 59,1%), bens de consumo semi e não-duráveis (42,9% para 52%).