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Ibovespa inverte movimento e cai seguindo baixa de NY; dólar recua

05/09/2017 13h36

O Ibovespa inverteu o movimento de alta em que operou desde o começo da manhã. Às 13h35, o índice recuava 0,34% aos 71.861 pontos e com volume financeiro de R$ 4,6 bilhões, projetando R$ 10,15 bilhões para o final do dia.


De acordo com operadores, o Ibovespa acompanha a baixa das bolsas americanas. O S&P500 caía 0,81%, o Nasdaq recuava 1,04% e o Dow Jones caía 0,98%. "O Ibovespa estava muito esticado e é normal esse movimento de realização de lucros", diz um operador.


As maiores quedas do dia são dos papéis das companhias siderúrgicas, justamente os que mais subiram nos últimos dias. As ações PNA da Usiminas recuam 2,93%, os papéis PN da Gerdau Metalúrgica caem 2,23% e as ações PN da Gerdau recuam 1,63%. A ação ON da Vale também inverteu o movimento de alta que operaram durante a manhã. O papel caía 1,99%.


A maior queda do dia estava com a ação da JBS, que recuava 7,34%. Na noite de ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou que os benefícios da delação premiada dos irmãos Wesley e Joesley Batista podem ser cancelados, após novos áudios indicarem omissão de informações na delação e atos ilícitos envolvendo integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).


Dólar


O dólar passou a manhã em baixa, mas já perdeu as mínimas marcadas mais cedo. O clima geral segue positivo, mas nem de longo confirma a euforia que se viu mais cedo com a notícia de que a delação da JBS, que deflagrou a crise política, pode ser anulada.


Às 13h35, o dólar cedia 0,60% para R$ 3,1213.


Para o sócio e gestor da Modal Asset, Luiz Eduardo Portella, o movimento do mercado hoje reflete a retirada do "risco de cauda" da segunda denúncia contra Temer. Ainda que a denúncia seja feita pela Procuradoria Geral da República, diz, ela chegará ao Congresso com menos credibilidade. "Agora, o mercado vai começar a sonhar com a reforma da Previdência", afirma. Por ora, explica, essa probabilidade segue baixa, o que limita a melhora dos preços.


Vale observar que, refletindo o noticiário local e também o ambiente global favorável ao risco, o custo do seguro contra calotes do Brasil, medido pelo CDS de 5 anos, recua a 188 pontos na manhã desta terça-feira, de acordo com números divulgados pelo Banco Fibra. Conforme anotou o jornalista Lucas Hirata, o indicador do risco país renova as mínimas desde o dezembro de 2014, tendo oscilado próximo de 190 pontos nos últimos dias.


Juros


O mercado de juros começou a sessão em clima de euforia, mas acabou a manhã numa toada apenas positiva. Essa redução de intensidade ocorre após uma reavaliação dos efeitos da notícia de que a delação da JBS pode ser anulada. É uma boa notícia, dizem analistas, porque dá mais força ao governo Temer. E, nesse sentido, torna o ambiente mais favorável ao risco. Mas não é suficiente para garantir o avanço da reforma da Previdência e, assim, justifica a manutenção de uma dose expressiva de prêmio de risco nos contratos.


ODI janeiro/2021 era negociado a 9,11%, ante 9,20% ontem, enquanto o DI janeiro/2019 tinha taxa de 7,81%, de 7,80% ontem.