Funcionários do BNDES vão atuar para que Temer vete TLP
A Associação dos Funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (AFBNDES) emitiu nota, nesta quarta-feira (6), afirmando que rejeita a aprovação da medida provisória 777, que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) em substituição à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) nos financiamentos do banco. A TLP foi aprovada pelo Senado na terça-feira (5) e agora sobe à sanção presidencial.
"A Associação vai atuar para que Estados, municípios, indústria, entre outros tantos setores que serão prejudicados pela medida, se unam para pedir que o presidente Michel Temer vete a medida", diz a nota.
Para a AF BNDES, que atuou no Congresso pela derrubada da medida, a TLP encarece e dificulta o financiamento de investimentos de longo prazo no país, a competitividade da indústria, além do apoio aos Estados e municípios.
A TLP passa a valer em janeiro de 2018 e leva em conta na sua fórmula a NTN-B de cinco anos do Tesouro mais o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Atualmente a TJLP é arbitrada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) levando em consideração a meta de inflação mais um prêmio de inflação. A taxa está atualmente fixada em 7% ao ano. Há um prazo de convergência integral entre as duas taxas de cinco anos.
"Com a medida, a crise econômica tende a se agravar nesse momento tão sensível para o país. A nova medida enfraquece o BNDES na sua natureza de financiar o desenvolvimento econômico e social", diz a associação em nota.
O presidente da AFBNDES, Thiago Mitidieri, afirma que é preciso ressaltar que não existe no país instituição que possa tomar o lugar do banco de fomento, visto que os juros devem seguir altos e instáveis, o que cria barreiras para a retomada do crescimento e da geração de empregos.
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