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"Dinheirama" de Geddel prova que prisão domiciliar não vale, diz juiz

08/09/2017 10h15

Na decisão em que autoriza a prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, afirma que a medida se impõe em nome da garantia da ordem pública e do bom andamento da instrução criminal.


A Polícia Federal (PF) prendeu o pemedebista nesta manhã, depois de ser descoberto, em Salvador, um "bunker" com R$ 51 milhões em malas de dinheiro onde foram localizadas digitais do ex-ministro. Geddel cumpria prisão domiciliar na capital baiana.


"São fortes os indícios do delito de lavagem de capitais, tudo apontando ao fato de que o requerido não cumpriu a decisão de prisão domiciliar na sua integralidade e de que esteja reiterando na conduta criminosa", aponta o magistrado.


Geddel será transferido para o complexo da Papuda, em Brasília, onde deve chegar por volta das 15h, segundo informações da Justiça Federal.


Vallisney já havia deferido a prisão cautelar de Geddel por suspeita de envolvimento na Operação Cui Bono, que apura fraudes na liberação de créditos do FI-FGTS, fundo de investimento da Caixa Econômica Federal. A medida havia sido convertida em prisão domiciliar pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).


"A prisão domiciliar é completamente ineficaz diante deste novo quadro, pois não garante a eficiência da medida, como se pode notar pela dinheirama encontrada perto da residência em que se encontra", afirmou Vallisney.