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Ibovespa supera recorde histórico e fecha aos 74.319 pontos

11/09/2017 17h44

A expectativa mais positiva com a retomada do crescimento econômico e a trajetória de quedas dos juros fizeram com que o Ibovespa rompesse a marca histórica nesta segunda-feira. O índice subiu 1,70% aos 74.319 pontos, ajudado também pela alta das bolsas americanas, que avançaram mais de 1%. O movimento financeiro ficou em R$ 7,01 bilhões, acima da média diária do ano, que é de R$ 6 bilhões.


De acordo com Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos, nas últimas duas semanas houve uma mudança nas estratégias dos investidores locais. "Os locais estão se posicionando mais em bolsa. Está havendo uma maior migração de recursos para renda variável", diz. A expectativa de profissionais deste mercado é que o Ibovespa possa manter a trajetória de alta. Também é um fator positivo para o mercado financeiro a aprovação da reforma da Previdência, que está prevista para outubro.


Com a valorização do índice hoje, 20 ações atingiram suas cotações máximas dos últimos 12 meses. Segundo Felipe Martins, analista-chefe da corretora Nova Futura, houve uma alta generalizada em todos os papéis. De acordo com ele, o consenso entre os investidores é que a economia passou pelo pior momento neste ano e agora tende a melhorar. "O Ibovespa pode alcançar os 77 mil pontos na próxima semana", afirma.


Outros fatores que também contribuem para o cenário mais positivo para a bolsa de valores é o excesso de liquidez global e o aumento do apetite dos investidores estrangeiros por ativos de risco. Neste mês, até o dia 6, eles já deixaram R$ 1,17 bilhão na bolsa de valores e no ano o saldo está positivo em R$ 12,08 bilhões. "Mas a maior parte das operações continua concentrada no giro diário", diz Ari Santos, gerente de mesa Bovespa da H.Commor DTVM.


Nesta segunda-feira, os destaques de alta ficaram com os papéis das companhias siderúrgicas e do sistema financeiro. As ações das empresas siderúrgicas seguem o movimento de alta registrado nos últimos dias, com as perspectivas de aumento de preços das commodities. A perspectiva de aposta na retomada da atividade econômica também contribui para esses ganhos.


As ações ON da CSN subiram 5%, os papéis da Usiminas PNA tiveram alta de 4,92%, Gerdau Metalúrgica ganhou 2,85% e Gerdau se valorizou 1,15%. A CSN anunciou que vai reajustar o preço de seus produtos em 10,25%, em média, a partir de 1º de outubro. Os preços dos aços planos já subiram quase 30% na China no acumulado do segundo semestre.


No caso dos papéis do sistema financeiro, as principais ações superaram os preços máximos dos últimos 12 meses. As ações do Banco do Brasil subiram 3,58% e movimentaram R$ 421,28 milhões, acima dos R$ 219,56 milhões contabilizados no pregão anterior. Os papéis PN do Bradesco avançaram 3,85%, as ações ON do Bradesco ganharam 2,10%, e as do Itaú Unibanco tiveram alta de 1,69%.


Outro destaque de alta no pregão de hoje foram as ações da Eletrobras. Os papéis ON ganharam 7,06% e as ações PNB tiveram alta de 5,97%. Os papéis operam em alta desde o anúncio da privatização e hoje, no começo da tarde, o ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho, disse que não há expectativa de excluir a Chesf ou qualquer outra subsidiária da Eletrobras do processo de privatização da estatal.


As ações da JBS, por outro lado, tiveram queda de 0,73% após a prisão do empresário Joesley Batista e do ex-diretor de relações institucionais da empresa, Ricardo Saud. Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF) pediu a prisão temporário dos dois. O ministro decidiu que, por terem omitido de suas delações informações consideradas gravíssimas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, eles devem perder os benefícios a que tinham direito se cumprissem todas as cláusulas do acordo de delação, como a imunidade à prisão. Para o mercado financeiro o que importa é o acordo de leniência que foi firmado pela empresa e, até agora, não houve mudanças neste tratado.