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Brasil caminha na direção de crescer a 4% ao ano, afirma Meirelles

12/09/2017 13h24

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira que oBrasil está "caminhando" para crescer a um ritmo de 4% no futuro e citou as reformas microeconômicas, comoas medidas ligadas à duplicata eletrônica e à facilitação de crédito,como impulsionadores da economia.


"Sair da crise é importante, mas tem algo ainda mais importante que é a taxa de crescimento que devemos esperar para os próximos anos", sustentoudurante reunião promovida pelo presidente Michel Temer no Palácio do Planalto com representantes do setor produtivo.


"Estamos fazendo trabalho sério e profundo com a colaboração de diversos órgãos do governo e representantes do Congresso inclusive com técnicos do Banco Mundial. A ideia é que o Brasil passe a crescer a taxas mais elevadas do que seria a tendência hoje. Foi mencionado aqui que o Brasil deve crescer ao redor de 4%. Estamos caminhando nessa direção", afirmou.


Ele voltou a dizer que o governo está revendo as previsões de crescimento para este ano e o próximo. Segundo ele, a perspectiva da equipe econômica é que o país termine 2017 com crescimento acima de 2% na comparação com o fim do ano anterior, e que, na entrada de 2018, a taxa esteja ao redor de 3%.


Meirelles observou que o crescimento econômico do primeiro trimestre foi muito baseado na agricultura. No segundo trimestre, a expansão esteve espalhada entre os outros setores. "É uma virada histórica essa volta ao crescimento do país", disse, acrescentando que os dados que indicam essa recuperação da economia são sólidos.


Ele voltou a exaltar a retomada econômica, notando que a recessão foi longa e profunda e que as consequências foram sérias. No entanto, emendou, os resultados das medidas do governo começam a ser obtidos - como, por exemplo, a redução dos juros.


O ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, afirmou, por sua vez, que não há mais questionamentos, diante de dados consolidados, sobre a retomada da economia do país. Ele destacou também as diversas revisões das projeções de crescimento econômico do Brasil.


"Estamos no momento de retomada do crescimento e vamos voltar a crescer com força", disse. O ministro afirmou que essa retomada não decorre de um acaso, mas de um conjunto de ações corretas do governo, em sua avaliação. Ele sugeriu ainda a criação de um grupo ministerial para fomentar o debate sobre crescimento e a geração de emprego no país.


O ministro mencionou também em sua fala a queda do desemprego verificada em julho - em sua avaliação o desemprego continuará caindo - e a volta do crédito, embora admita que a oferta ainda precisa ser elevada. Segundo relatou, o governo tem feito reuniões com essa finalidade.


Também presente no encontro, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou que o desemprego ficou no passado e o Brasil do futuro "é o do emprego". Ele citou que, em 2016, o governo gastou R$ 37 bilhões com seguro-desemprego, mas, em contrapartida, o governo investiu no combate às fraudes no programa e, com isso, foi possível economizar mais de R$ 560 milhões.


Nogueira lembrou que o Brasil perdeu pelo menos 2,8 milhões de postos de trabalho entre 2014 e 2016 e citou avanços com o programa seguro-emprego, que estimula as empresas a preservarem os postos de trabalho, com medidas como redução de turnos, por exemplo. Ele lembrou que o programa seguro-emprego começou com 179 empresas e já caiu para 60 empregadores."Sinaliza que essas empresas recuperaram a capacidade de produção", comemorou.