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Ibovespa testa patamar de 75 mil pontos e dólar sobe

12/09/2017 13h55

Depois de uma abertura em ritmo mais lento, o Ibovespa volta nesta terça-feira (12) a consolidar mais um dia de ganhos, impulsionado pelas perspectivas positivas com o cenário doméstico (retomada da economia) e também com o lado externo (alta dos índices acionários dos Estados Unidos).


Por volta das 13h40, o Ibovespa operava com alta de 1,02%, aos 75.074 pontos - testando, assim, o nível dos 75 mil pontos.


Segundo operadores, embora a chegada a patamares históricos abra chance de correções técnicas, o mercado continua colocando no preço de maneira forte as perspectivas melhores no segundo semestre e em 2018 para a economia brasileira.


A divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) veio dentro do esperado por investidores, após o corte da Selic na semana passada vir acompanhada da sinalização de que o ritmo do afrouxamento monetário poderia ser reduzido.


No entanto, a ideia de que o Copom seguirá reduzindo juros continua servindo de bom argumento para o Ibovespa seguir em alta, já que a redução de juros estimula a entrada de novo fluxo para a renda variável.


Flávio Conde, analista da consultoria WhatsCall, afirma que há espaço de altas porque o maior patamar histórico do índice atingido ontem ainda é nominal, e não real (ajustado pela inflação), e ainda está longe da máxima histórica considerando o cálculo em dólares.


Além disso, lembra ele, o minério subindo 2,5% hoje e o petróleo se recuperando compõem o cenário de avanço para o Ibovespa. "As bolsas americanas e europeias estão subindo e isso faz com que o mercado fique animado, independentemente de ter batido o topo histórico."


Entre os destaques do Ibovespa, as ações PNBs e ONs da Eletrobras avançam 6% e 5,93%, respectivamente. Cemig PN (4,59%), CSN ON (4,29%) e Ambev ON (4,05%) completam o time das maiores altas do horário.


Entre as maiores perdas do índice, estão Fribria (-1,97%), Ecorodovias (-1,14%), Lojas Americanas (-1%), BB Seguridade (-0,80%) e Engie Brasil (-0,37%).


Câmbio


O mercado de câmbio acompanha o movimento global de alta da moeda americana nesta terça-feira, devolvendo um pouco da queda expressiva registrada nas últimas sessões. Mas o real segue demonstrando um desempenho mais sólido do que boa parte de seus pares, numa demonstração de que, a despeito das incertezas políticas, a disposição dos agentes em apostar contra a moeda local é ainda bastante reduzida.


Às 13h48, o dólar comercial tinha alta de 0,39% para R$ 3,1159. O dólar para outubro é negociado com alta de 0,47%, para R$ 3,1245.


Internamente, o mercado segue atento aos movimentos do governo em torno das reformas, em especial da Previdência. Há um claro esforço da equipe econômica em levar a proposta de mudança das regras de aposentadoria para o Congresso até outubro. A dúvida é se uma eventual segunda denúncia contra Temer pode atrapalhar essa plano.


Juros


O mercado de juros consolidou nos preços a expectativa de que o Copom vai reduzir o ritmo de corte da Selic, mas ainda assim levará a taxa para 7% até o fim deste ano. Essa leitura, amparada pela leitura da ata do Copom, move os DIs de curto prazo.


Já o risco de que a inflação surpreenda para baixo e leve a taxa para um ponto inferior aos 7% já começa também a ser considerado por alguns analistas, mas a curva a termo não acompanha essa visão.


Mas a grande discussão deve ser por quanto tempo o juro deve permanecer baixo. O Banco Central afirma, tanto na ata como no comunicado, que o juro deve ficar abaixo do juro estrutural por um período. Isso significa que, somente se houver avanço nas reformas, esse juro de equilíbrio cai e, assim, a Selic não precisará subir tão cedo.


Para esse cenário mais longo, o prêmio de risco ainda é elevado.


Às 13h50, DI janeiro/2018 tinha taxa de 7,64%, ante 7,66% no ajuste de ontem. DI janeiro/2019 cedia de 7,68% para 7,64%, enquanto o DI janeiro/2021 era negociado a 9,03%, ante 8,99% ontem.