Bolsa sobe e dólar bate R$ 3,14 com investidor atento à cena política
O mercado brasileiro segue aberto a correções técnicas após altas sustentadas nos últimos dias, mas os investidores mostram que o Ibovespa continua forte na tendência positiva, sem interesse em uma realização de lucros mais firme e deixando de lado o cenário político mais amargo. Às 13h26, o Ibovespa subia 0,09%, para 74.604 pontos.
A aposta de alguns operadores é de que, após atingir topos históricos, o índice de fato encontra espaço para pequenos ajustes técnicos ao longo do dia, em especial no caso de ativos sujeitos a esse movimento, como siderúrgicas e Vale, que cedia 2,33%.
Os investidores aguardam o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz federal Sergio Moro, em Curitiba, e uma possível nova denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer, num dos últimos movimentos antes de sua saída da PGR.
No entanto, a ideia de que uma nova denúncia contra o presidente virá esvaziada após os eventos recentes envolvendo a delação dos executivos da JBS afasta o pessimismo político e deixa Brasília em segundo plano, ao menos por hora. A avaliação é de que os riscos existem, mas o otimismo ainda é persistente.
Câmbio
Em dia em que a agenda política carregada, o dólar volta a operar em alta. O principal foco dos agentes recai no Supremo, que decidirá se Janot está habilitado a encaminhar denúncia contra Temer. A expectativa por essa definição coloca os investidores na retranca mas, na visão dos especialistas, o movimento de hoje deve ser visto como uma correção e não reverte a tendência positiva desse mercado.
Às 13h27, o dólar comercial subia 0,40% para R$ 3,1410. Já o contrato futuro para outubro avançava 0,42% para R$ 3,1445.
Juros
Os juros futuros operam em leve queda, refletindo o clima de espera pela decisão do Supremo sobre Janot.
Na ponta curta, há ainda a percepção de que a taxa básica de juros, a Selic, pode recuar para 7% ou abaixo disso no atual ciclo de corte de juros.
Às 13h28, o DI janeiro/2021 era negociado a 9,00%, ante 9,02% no ajuste anterior. Já o DI janeiro/2019 tinha taxa de 7,61%, ante 7,64%.
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