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Setor de serviços cai em julho e interrompe série de altas desde março

13/09/2017 09h37

(Atualizada às 11h) O volume de serviços prestados no país recuou 0,8% em julho, perante o mês anterior, na série com ajuste sazonal, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


O dado representa a primeira queda desde março, quando o indicador havia recuado 2,3%. Foi ainda o pior resultado para julho desde o início da série, em 2012.


Conforme a pesquisa do IBGE, o volume de serviços diminuiu 3,2% frente a julho de 2016. A queda havia sido menos intensa em junho, quando correspondeu a 3%.


No acumulado em 12 meses, o setor teve baixa de 4,6% no volume. Nos sete primeiros meses de 2017, houve recuo de 4% frente ao mesmo período do calendário anterior.


A receita nominal do setor de serviços, por sua vez, cedeu 0,1% em julho, frente ao mês imediatamente antecendente, após o ajuste sazonal. Quando comparado ao mesmo mês de 2016, foi apurada alta, de 1,9%.


Atividades


Num mês de predominância de taxas negativas no setor de serviços, o segmento de serviços prestados às famílias manteve-se em território positivo em julho, tanto no comparativo com junho (+0,9%) quanto com mesmo mês do ano anterior (+1,5%).


Segundo Roberto Saldanha, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, essa melhora reflete uma combinação de injeção de recursos do FGTS, de estabilização de preços e de queda do nível de desemprego no país. As férias escolares podem ter motivado maior consumo de serviços de lazer e alimentação.


O segmento de serviços prestados às famílias representa, contudo, apenas 8% da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Segundo Saldanha, a recuperação do setor, que ainda não começou, depende de uma reação mais intensa da indústria. Somente este setor poderia colocar os serviços em trajetória positiva.


Pelo levantamento do IBGE, serviços prestados às famílias foram exceção. Houve baixa em outros serviços (-2,8%); serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,0%); Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-0,9%) e serviços de informação e comunicação (-0,8%).