Mercado de juros futuros tem dia de ajustes de olho em Selic e fiscal
O mercado de juros futuros tomou a sessão desta sexta-feira para executar alguns ajustes de posições. Um dia após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), a movimentação nas taxas foi bastante contida e as variações não se afastaram muito da estabilidade.
Nos próximos dias, as atenções devem se voltar para a tramitação na Câmara da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). As apostas para os juros - cujo prêmio vem sendo reduzido - reflete a leitura de que o pemedebista deve ter apoio suficiente para barrar o processo. Ainda assim, o risco é que a agenda de reformas, em especial a da Previdência, continue a ser postergada.
A aprovação da medida antes da eleição presidencial de 2018 não parece estar nos preços dos ativos. Até por isso, uma surpresa positiva tem potencial de reduzir ainda mais o nível das taxas. Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) de longo prazo, a exemplo da taxa de janeiro de 2025, se mantiveram abaixo de dois dígitos ao longo da semana.
O mercado também ganha confiança para apostar numa queda da Selic para perto de 7%, com a possibilidade de manutenção em níveis baixos por mais tempo.
De acordo com gestores e operadores, é justamente no trecho intermediário que ainda estaria o "game" do mercado. Haveria prêmio a ser explorado nas precificações da Selic a partir de 2018. As apostas embutem prêmio equivalente ao aperto monetário de cerca de 1 ponto percentual ao longo do ano que vem, em contraste com a visão de parte dos analistas de que a taxa se manterá mais próxima das mínimas históricas.
Para essa "descompressão", também é observada a situação fiscal. O resultado primário estimado pelo 4º Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Planejamento, subiu de um déficit de R$ 139 bilhões para um resultado negativo de R$ 146,175 bilhões.
Na BM&F, no fechamento de sessão regular, às 16h, o DI janeiro/2018 marcava a 7,550% (7,565% no ajuste anterior). Apesar de ser o mais negociado, com cerca de 129 mil contratos trocando de mãos, o volume ficou bem abaixo dos 353 mil operados na véspera.
O DI janeiro/2019 caiu a 7,280% (7,300% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2021 marcou 8,730% (8,720% no ajuste anterior).
Entre os vencimentos mais longos, o Di janeiro/2023 subiu a 9,400% (9,370% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2025 avançou a 9,750% (9,720% no ajuste anterior).
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