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Resultado do governo central minimiza queda do Ibovespa

28/09/2017 17h37

O Ibovespa chegou a cair 0,70% durante o pregão, mas na última hora de negócios, o índice diminuiu as perdas e fechou com baixa de 0,31% aos 73.567 pontos. Mesmo assim, registrou o sexto pregão consecutivo de queda nesta quinta-feira. Apesar de considerar que, no médio prazo, a trajetória para o Ibovespa ainda é positiva, no curto, analistas consideram que o índice pode testar os patamares de 72,5 mil e 72 mil pontos.


A diminuição das perdas do índice durante à tarde aconteceu com a divulgação de dados melhores das contas do governo central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. O governo teve déficit primário de R$ 9,599 bilhões em agosto. O número é inferior ao esperado, segundo a média de 14 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, que era um déficit primário de R$ 16,35 bilhões. No acumulado do ano, o déficit do governo é de R$ 85,80 bilhões, o pior resultado da série iniciada em 1997.


Durante o pregão, os investidores ficaram atentos aos eventos nos Estados Unidos. As medidas tributárias anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump, ontem, podem ampliar o crescimento da economia e ocasionar uma política monetária mais restritiva, o que não favorece os investimentos em ativos de risco. Os investidores também observaram de perto os desdobramentos na frente política do Brasil, que se tornam cada vez mais relevantes em um momento que o mercado espera um novo impulso para voltar ao ritmo positivo.


As ações que mais caíram hoje foram as do setor siderúrgico. O preço do minério de ferro recuou 2% em Qingdao, na China, para US$ 62,89. Aqui, as ações ON da Vale cederam 0,56% e tiveram o maior giro financeiro do Ibovespa, de R$ 552,94 milhões. Os papéis PNA da Usiminas recuaram 4,77% e as ações da CSN tiveram baixa de 2,05%. Os papéis do sistema financeiro também caíram e a ação PN do Bradesco teve baixa de 1,35%, o maior recuo do setor.


Já as ações da Petrobras subiram, seguindo a valorização do preço do petróleo no mercado internacional. Os papéis PN avançaram 0,20% e as ações ON tiveram ganho de 0,19%.


Os papéis das empresas de celulose foram o destaque de alta do dia. As ações ON da Fibria subiram 7,13% e as PNA da Suzano Papel e Celulose tiveram alta de 5,15%. Por serem exportadoras, as companhias se beneficiam da alta na cotação do dólar. Hoje, a moeda fechou em queda de 0,36%, a R$ 3,182, mas já subiu 1,75% nesta semana. Além disso, as empresas se favorecem do aumento do preço da celulose no mercado internacional.