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Dólar fecha o mês com um avanço de 0,57%

29/09/2017 18h10

O dólar teve seu segundo dia consecutivo de queda, nesta sexta-feira (29), contendo as perdas do câmbio doméstico numa semana bastante negativa para os emergentes. Foram justamente os pares do real que registram os piores desempenhos globais nos últimos cinco dias. A moeda brasileira não teve uma performance tão negativa, ainda assim esta foi a pior semana desde o começo de agosto.


A cotação do dólar no mercado de balcão chegou ao fim do dia em R$ 3,1661, queda diária de 0,51%. Na semana, a alta foi de 1,23%, variação mais acentuada desde que subiu 1,57% no começo do mês passado. A movimentação dos últimos dias também levou o dólar a ganhar 0,57% no mês de setembro. No ano, ainda há baixa de 2,60%.


O principal catalisador foi uma reavaliação do cenário da economia americana, além de novos sustos geopolíticos. Hoje, nos Estados Unidos, o índice PCE de inflação ficou abaixo do esperado, limitando as apostas de um aperto monetário mais duro por lá. Na semana que vem, o destaque fica por conta do relatório de empregos dos Estados Unidos, um dos principais balizadores da política do Federal Reserve.


Por aqui, os investidores aguardam mais clareza sobre a cena política. Com a aproximação da disputa eleitoral de 2018, diminui a cada dia a janela de oportunidade para votação da proposta previdenciária na administração Temer. Isso porque a medida é vista como controversa e dificilmente atrairia o apoio dos congressistas num ano de disputa por votos da população. Ainda assim, os mercados parecem estar dispostos a esperar por um novo presidente para, finalmente, ver a mudança do sistema previdenciário.


Ao longo do mês de setembro, o custo do Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil teve um pico de deterioração, quando voltou a operar acima de 200 pontos-base. Até esta tarde, o avanço já tinha perdido força. O indicador brasileiro, usado de seguro contra calotes, estava em 198 pontos, alta de 2 pontos no acumulado do mês.


Os sinais de recuperação da atividade e a inflação em baixa também contribuem para aliviar a pressão nos ativos. Hoje, os dados sobre mercado de trabalho mostraram uma recuperação um pouco mais forte do que o esperado. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego ficou em 12,6% no trimestre encerrado em agosto, ante expectativas de 12,7%.


A conjuntura econômica também dá mais confiança para os investidores apostarem na queda da Selic a níveis até inferiores a 7%. Na semana que vem, serão conhecidos os números de Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).