Mercado reage a especulações e juros futuros sobem
O mercado de juros futuros operou nesta terça-feira sob a batuta de rumores e especulações. Logo pela manhã, as taxas mais longas mostraram viés de alta, puxadas por notícias de que o Banco Central estuda redução de compulsórios bancários. No começo da tarde, a intensificação da queda do dólar deu algum alívio aos DIs, mas a pressão compradora de taxa retornou diante de um "call" mais conservador na renda fixa.
O jornal "O Globo" publicou hoje que o BC estuda mudanças no compulsório. Citando fontes, o jornal diz que a avaliação no governo é que o Brasil possui um nível muito alto de compulsórios. A reação em alta dos DIs mais longos ocorreu porque reduzir compulsório é o equivalente a aumentar a quantidade de dinheiro disponível na economia, o que seria visto como inflacionário.
Analistas questionam o "sentido" de uma mudança nessa área neste momento, especialmente porque a demanda por crédito segue limitada. No entanto, reconhecem que o pregão foi fraco de notícias de peso e que o mercado continua sensível a informações diversas, ainda que estimulem apenas operações de giro - ou seja, sem abertura de novas posições. "De fato, parece que a movimentação inicial foi mais giro mesmo", diz Luis Laudisio, operador de renda fixa da Renascença.
À medida que a manhã foi passando, os DIs experimentaram algum alívio, amparados pelo dólar. No fim da tarde, a moeda americana caía 0,33%, a R$ 3,1440, nas mínimas em uma semana. Mas o movimento de compra de taxa voltou a ganhar força, com o mercado assumindo posições mais defensivas em meio a boatos de que o grande fundo estaria atuando fortemente na ponta compradora.
As mesas de operação debateram a informação de que o fundo Adam Macro II Fic Fi Mult finalizou em setembro sua posição aplicada em renda fixa local.
De forma geral, o entendimento é que o mercado segue à espera de impulsos mais relevantes antes de montar novas posições. No curto prazo, o principal evento é a divulgação do IPCA de setembro, na sexta-feira. A votação pela Câmara dos Deputados de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PGR) é o próximo evento a ser monitorado.
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2023 ia a 9,540% (9,470% no ajuste anterior). O DI janeiro/2021 avançava a 8,840% (8,770% no ajuste de ontem). O DI janeiro/2019 subia para 7,290% (7,250% no último ajuste). Entre os vencimentos de curtíssimo prazo, o DI janeiro/2018 caía a 7,476% (7,484% no ajuste anterior).
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