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Temer discursa por 7 minutos e dribla protesto na capital paulista

04/10/2017 17h42

(Atualizada às 18h48) Alvo de protestos, o presidente Michel Temer procurou nesta quarta-feira dar um tom social a sua gestão ao discursar na cerimônia de entrega de 225 novas ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), na capital paulista. Para uma plateia de prefeitos, deputados e vereadores, o pemedebista fez questão de ressaltar a preocupação de seu governo com a responsabilidade social.


"A essência do governo é servir e trabalhar em favor do povo. Temos a responsabilidade fiscal, mas jamais nos esquecemos da responsabilidade social", disse Temer, em discurso de sete minutos. O presidente afirmou que seu governo tem o objetivo de entregar ambulâncias a todos os municípios brasileiros. "Isso revela nossa preocupação social", acrescentou.


Temer também destacou que a liberação do FGTS inativo permitiu o saque de R$ 44 bilhões, que ajudaram a estimular a economia em um momento de crise. Ele disse ainda que o saque do PIS/Pasep vai injetar cerca de R$ 16 bilhões na economia até o fim do ano.


A cerimônia ocorreu em uma concessionária da Mercedes-Benz, em São Paulo. Do lado de fora do evento, um grupo de manifestantes protestava contra o presidente e a reintegração de posse de um terreno de 70 mil metros quadrados em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. A área, que pertence à construtora MZM, está ocupada por sete mil famílias.


Sem-teto


Temer não concedeu entrevista. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, que acompanhava presidente, disse que os dois não viram protesto por onde entraram. "Não vimos protesto. Ele não viu, e eu também não vi."


Além disso, o ministro negou que a mudança de local da cerimônia, que inicialmente ocorreria em São Bernardo, na fábrica da Mercedes-Benz, tenha sido motivada pelo risco de manifestações. O Planalto atribui a mudança a um erro operacional.


Com bandeiras vermelhas, os manifestantes, que fazem parte da frente Povo sem Medo, entoavam palavras de ordem contra o presidente e reivindicavam a liberação de verbas do Minha Casa, Minha Vida e a garantia de orçamento para moradias populares no ano que vem.


Do lado de fora da concessionária, policiais e seguranças faziam um cordão de isolamento.