Taxas longas de juros caem com exterior e cenário político
As taxas de juros futuros dos contratos mais negociados tiveram alívio nesta terça-feira, amparados por um ambiente externo mais amigável a ativos de risco. O ganho de fôlego do dólar, que no fim do pregão anulou a queda registrada ao longo do dia, acabou ficando em segundo plano no mercado de renda fixa, à medida que, na cena doméstica, o noticiário sugere avanço dos trâmites da denúncia contra o presidente Temer.
Hoje, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), indeferiu todos os requerimentos e questões de ordem apresentados para que a votação da denúncia da PGR contra o presidente da República e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco fosse fatiada.
Como o mercado trabalha com um resultado favorável a Temer, o encaminhamento dos processos da denúncia indica que mais rapidamente será alcançado um desfecho, abrindo espaço para o governo voltar a discutir a reforma da Previdência.
Para amanhã, a agenda promete alguma agitação no mercado. Além da ata do Fomc, investidores vão monitorar as vendas no varejo no Brasil (agosto), leilão de venda de prefixados e leituras de inflação (primeira prévia do IGP-M de outubro e IPC-Fipe da primeira quadrissemana do mês).
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2023 tinha queda para 9,630% (9,700% no ajuste anterior). O DI janeiro/2021 recuava a 8,940% (9,000% no ajuste de ontem)
O DI janeiro/2019 cedia a 7,320% (7,350% no último ajuste).
E o DI janeiro/2018 caía a 7,420% (7,435% no ajuste anterior). Os DIs curtos seguiram em queda após o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, endossar expectativas de corte de 0,75 ponto percentual da Selic neste mês. No mercado, contudo, ficou a sensação de que Ilan não deu subsídios para apostas de Selic abaixo de 7% até o fim de 2018.
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