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Rede vai ao STF para tentar garantir votação aberta no caso Aécio

16/10/2017 14h47

(Atualizada às 16h) O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para exigir que seja aberta e nominal a votação, no Senado, sobre as medidas cautelares impostas pela Corte ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).


O relator do caso do STF será o ministro Alexandre de Moraes, filiado ao PSDB até às vésperas de assumir o cargo, ao qual foi indicado por Michel Temer.


A sessão que vai decidir se o tucano deve ou não permanecer afastado do cargo e cumprindo recolhimento domiciliar noturno está marcada para esta terça-feira.


Randolfe já havia entrado com ação semelhante no Supremo por ocasião da prisão do ex-senador Delcídio do Amaral, quando obteve a liminar do relator, ministro Edson Fachin. "Não há liberdade para que o Senado estabeleça voto secreto", decidiu Fachin, à época.


"Num cenário de véspera eleitoral, onde nada menos de 2/3 da Casa Senatorial (ou 54 senadores) serão testados nas urnas, sob intensa vigilância da opinião pública arejada pelos ventos do combate à corrupção, expor as digitais numa votação ostensiva certamente não se afigura como uma decisão mais confortável para a classe política, tendo em vista o alto custo de transação que importa tal exposição", diz Randolfe na petição ajuizada no STF.


O senador lembrou que o próprio Aécio recorreu ao Supremo para que a votação sobre Delcídio fosse aberta, o que classificou como uma "ironia da história".


"Não há razões para que pau que dá em Chico petista não dê em Francisco tucano", concluiu Randolfe, referindo-se aos casos de Delcídio - hoje sem filiação partidária - e Aécio, respectivamente.