CNC: Para fechar ano no azul, setor de serviços precisaria crescer 7%
Com a nova queda do volume de serviços prestados no país em agosto, o setor precisará crescer 7,2% no último quadrimestre, na comparação ao mesmo período do ano passado, para conseguir fechar o ano com acumulado positivo, segundo cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Em relatório divulgado nesta terça-feira (17), a CNC considera "improvável" que o setor consiga desempenho tão forte nos próximos meses. No ano, o setor acumula baixa de 3,8%.
Apesar disso, a confederação revisou sua projeção para o setor para uma queda ligeiramente menor neste ano: de um recuo de 3,6% para perda de 3,4%. Os motivos para a revisão são "a tendência recente de quedas menos intensas e as expectativas de que os juros ao consumidor e às empresas deverão manter seguras trajetórias nos próximos meses".
Nos dois últimos anos, o volume de serviços registraram quedas de 3,6% e 5%.
O volume de receitas do setor recuou 1% em agosto, na comparação com julho, já descontados os efeitos sazonais, informou o IBGE nesta terça-feira . Foi o pior resultado do indicador para meses de agosto desde o início da pesquisa, em 2012.
Das atividades, os serviços prestados às famílias registraram a maior queda da pesquisa em agosto, ao recuar 4,8% na comparação ao mês anterior. Segundo a CNC, o resultado coincidiu com a retração na demanda por crédito destinado às pessoas físicas, que recuou 1,7% em agosto, ante julho.
"[Também coincidiu com] o fim do período de saques das contas inativas do FGTS, que vinham impactando de forma positiva, porém temporária, o orçamento dos consumidores desde março", avaliou Fábio Bentes, economista-chefe da CNC, em relatório.
A CNC destacou que os demais quatro grupos acompanhados pela pesquisa tiveram resultados positivos na passagem de julho para agosto, com destaque para os serviços profissionais, administrativos e complementares (+1,6%) e os serviços de transporte (+0,7%).
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