Ibovespa fecha em queda, mas mercado ainda aposta em ritmo positivo
O mercado de ações brasileiro encontrou hoje espaço para uma realização de lucros mais forte em quase todas as ações do Ibovespa, com os investidores aproveitando a cautela inspirada pelo exterior e pelo ambiente político doméstico para ajustar posições.
O índice da bolsa encerrou em baixa de 0,83%, aos 76.252 pontos, depois de chegar a tocar os 76.046 pontos na mínima intradia.
Operadores destacaram, porém, que o volume na queda continua mais fraco, indicando que a força compradora cessou, mas não abandonou o mercado. O giro de hoje foi de R$ 5,35 bilhões. "Os investidores ainda estão alocados em bolsa, já que a queda ocorre com giro baixo e sobe com giro maior. A tendência ainda é de alta", afirma o analista Vitor Suzaki, da Lerosa Investimentos.
Entre os destaques dos dias, a maior queda ficou com a Embraer (-5,41%, a R$ 16,07), que operou afetada pontualmente pela parceria fechada entre duas de suas principais concorrentes, a francesa Airbus e a canadense Bombardier. Relatório do BTG Pactual destacou que o acordo representa uma ameaça à fabricante brasileira.
Entre as blue chips da bolsa, a Vale ON cedeu 2,31%, a R$ 32,58, enquanto a Petrobras PN teve leve alta de 0,06%, a R$ 16,13. A ON da estatal caiu 0,18%, a R$ 16,61. A Usiminas PNA, que ficou em leilão na abertura, recuou desde o começo do pregão e fechou com perda de 3,21%, a R$ 9,95.
Para Suzaki, ações de maior liquidez respondem a um movimento de cautela maior nesse momento com o início da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que discute parecer pela rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer pelos crimes de organização criminosa e obstrução da justiça.
"A bolsa em termos de dólar está em região importante e, por isso, a menos que aconteça algo estrutural sobre a situação do Brasil, como a votação da reforma da Previdência, algumas empresas terão desempenho pior do que outras", afirma Rafael Gonzalez, sócio da Platinum Investimentos.
De acordo com Suzaki, da Lerosa, o impacto não é necessariamente do evento em si, mas a análise do parecer sobre a denúncia contra o presidente acaba atrasando as votações importantes de reformas e estimula o ajuste de posição dos investidores. "Vale reforçar que agências de classificação de risco já deram ao Brasil até o primeiro trimestre do ano que vem para concluir reformas", diz ele.
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