IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Em contraposição a Tasso, Perillo diz que é candidato a presidir PSDB

20/10/2017 01h09

O governador de Goiás, Marconi Perillo, confirmou à reportagem na noite desta quinta-feira (19) que será candidato à presidência do PSDB, em dezembro.


"Estimulado por vários segmentos e pelo trânsito que eu tenho no partido, eu estou assumindo que serei candidato a presidente do PSDB", disse o tucano.


Embora seu nome venha sendo apontado como candidato ao comando do partido desde o primeiro semestre, esta é a primeira vez que Perillo admite que disputará o cargo.


O anúncio acontece em meio à pressão para que o senador Aécio Neves (MG) renuncie definitivamente à presidência do PSDB. Ele está licenciado do cargo desde maio, quando foi afastado do mandato pela primeira vez, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).


O movimento que pede a renúncia do senador mineiro é liderado pelo presidente interino da sigla, senador Tasso Jereissati (CE). Na quarta (18), ele afirmou que Aécio "não tem condições" de permanecer no cargo.


A candidatura de Perillo conta com apoio de Aécio e representa um enfrentamento à ala encabeçada por Tasso, também tido como candidato a seguir no comando do PSDB.


A declaração de Perillo ocorre no mesmo dia em que ele recebeu em seu Estado o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).


Ambos defenderam nesta quinta que não há necessidade de Aécio renunciar à presidência do partido. Eles argumentam que uma convenção, que elegerá o novo comando do PSDB, está prevista para dezembro.


Para o governador de Goiás, qualquer antecipação dessa data "é golpe". "Se não for em dezembro, é golpe", disse Perillo à reportagem.


De volta


Pressionado politicamente, Aécio voltou ao Congresso na quarta, após 21 dias de afastamento do mandato.


Ele foi autorizado a reassumir as atividades legislativas após o Senado ter rejeitado medidas cautelares impostas a ele pelo Supremo. Ele ficou proibido de atuar como senador e de sair de casa à noite.


Gravado pelo empresário Joesley Batista, da JBS, pedindo R$ 2 milhões, o tucano é alvo de uma denúncia por corrupção passiva e obstrução da Justiça. O tucano nega as acusações.


A ala do partido que pede sua renúncia afirma que as acusações contra ele comprometem a legenda no cenário que antecede as eleições de 2018.