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Mercado de juros futuros tem dia de volume fraco, à espera do Copom

20/10/2017 17h55

A sexta-feira replicou um padrão que tem sido verificado no mercado de juros desde a semana passada: baixo volume de negócios. Na média desde o último dia 9, o giro tem sido o menor desde o começo de fevereiro, período em que a movimentação costuma minguar - a depender do calendário do ano - devido ao Carnaval.


O argumento de que faltam fatores mais fortes para impulsionar esse mercado é o mais citado por operadores. Como esperado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) recomendou arquivamento de denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). Os indicadores de atividade e preços respaldam continuidade do corte de juros. E o ambiente externo continua benigno, com os mercados de ações nos EUA batendo recorde, enquanto o dólar de forma geral mantém-se longe de patamares que gerem inflação.


Hoje, o IPCA-15 de outubro apenas referendou as expectativas para a política monetária. Sem surpresas, o índice acelerou a alta para 0,34%, de 0,11% em setembro. E a segunda prévia de outubro do IGP-M desacelerou a 0,30%, de 0,41% no mesmo período de setembro.


As atenções agora se voltam para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana que vem. As apostas dos investidores ainda embutem prêmio de risco e mostram o juro básico perto de 8% ao fim do ano que vem.


Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2018 tinha taxa de 7,304% (7,325% no ajuste anterior). O DI janeiro/2019 subia a 7,250% (7,230% no último ajuste).


O DI janeiro/2021 avançava a 8,870% (8,830% no ajuste de ontem). E o DI janeiro/2023 ia a 9,530% (9,510% no ajuste anterior). As altas das taxas ocorreram num dia de elevação dos juros no mundo inteiro, diante de maiores expectativas de estímulos fiscais nos Estados Unidos.