Importação de produtos químicos sobe 16,5% em setembro, aponta Abiquim
As importações brasileiras de produtos químicos seguem em ritmo ascendente neste ano, de acordo com o Relatório Estatístico de Comércio Exterior (Rece) da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Em setembro, o país importou US$ 3,7 bilhões de químicos, 16,5% acima do registrado um ano antes e 2,8% superior ao verificado em agosto.
Conforme a entidade, intermediários para fertilizantes continuam como os produtos químicos mais importados, com US$ 576 milhões no mês passado.
As exportações da indústria, por sua vez, totalizaram US$ 1,2 bilhão em setembro, com crescimento de 3,7% na comparação com agosto e de 26,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Diante disso, no acumulado do ano até setembro, as importações de produtos químicos somaram US$ 27,9 bilhões, alta de 7,9%, enquanto as exportações ficaram em US$ 10,1 bilhões, com expansão de 13%.
Em volume, foram importadas 32,9 milhões de toneladas de químicos entre janeiro e setembro, o maior já registrado para esse período. As compras externas se concentraram em produtos para o agronegócio, cujas importações de mais de 23 milhões de toneladas representam mais que 70% do volume total importado.
O déficit na balança comercial do setor chegou a US$ 17,8 bilhões, com aumento de 5,2%. Em 12 meses até setembro, o saldo negativo foi de US$ 22,9 bilhões, com incremento de 4% em relação a 2016, quando foram registrados US$ 22 bilhões.
Em nota, o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, afirma que "os números da balança comercial em produtos químicos refletem a ausência de novos investimentos em decorrência dos elevados custos dos insumos essenciais para o desenvolvimento do setor". "É dramático e lamentável que o Brasil continue desperdiçando excelentes oportunidades de investimentos, a despeito de todo o potencial de consumo interno e até mesmo regional", afirma o executivo, referindo-se ao Mercosul.
Segundo Figueiredo, a crescente dependência externa por insumos estratégicos "é incompatível com a necessidade de se agregar valor local às matérias-primas minerais e ao petróleo e gás nacionais para que se gerem empregos e renda de qualidade no Brasil ao mesmo tempo em que se garante a competitividade para diversos setores industriais".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.