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Ibovespa fecha abaixo de 76 mil pontos mesmo com balanços e pré-sal

27/10/2017 20h05

Numa sessão cheia de instabilidade, o Ibovespa conseguiu fechar a sexta-feira em terreno positivo, mas abaixo da linha dos 76 mil pontos. A nova leva de balanços foi o grande 'driver' do mercado, embora outros elementos - como a alta do petróleo no exterior e os novos recordes das bolsas americanas - tenham pesado a favor da bolsa brasileira.


No fechamento, o Ibovespa subiu 0,10% para 75.976 pontos. Na mínima, caiu a 75.601 pontos e, na máxima, tocou 76.617 pontos.


Na lista das empresas que divulgaram seus balanços, Usiminas foi um dos destaques. A empresa teve lucro líquido de R$ 76,9 milhões, mas o Ebitda decepcionou, ao ficar em R$ 444,1 milhões. Mas o que afetou em cheio o mercado foi a informação de que a empresa não vai conseguir repassar o reajuste de preço que estava previsto até o final do ano.


Na teleconferência em que comentou o balanço do terceiro trimestre, Sérgio Leite, presidente da siderúrgica, informou que o reajuste que estava programado para outubro foi abandonado. Isso por causa da queda forte do preço do aço no mercado internacional desde então, especialmente na China. A desistência serve para manter o prêmio de seu aço no máximo 10% mais caro do que o chinês e evitar uma forte concorrência no mercado interno.


Vale lembrar que a ação havia ganhado tração, juntamente com a de outras siderúrgicas, em parte por causa dos reajustes de preços anunciados pela companhia. Assim, boa parte dos ganhos foi devolvida hoje: o papel caiu 6,65% para R$ 9,13, mas chegou a cair abaixo dos R$ 9,00 na mínima. Chamou a atenção o forte volume de negócios com a ação, de R$ 422 milhões, o terceiro maior da bolsa nesta sessão. Esse giro só perdeu para Petrobras (R$ 774 milhões) e Vale (R$ 565 milhões).


Também sob efeito dessa perspectiva de desistência dos reajustes, CSN ? a segunda maior produtora de aços planos do país, depois da Usiminas ? caiu 5,03% para R$ 9,06.


Também Embraer se destacou na ponta negativa (-4,67%), após apresentar lucro líquido de R$ 351 milhões e uma perda de 15,64% na receita líquida, para R$ 4,144 bilhões.


Do outro lado, o grande destaque de alta é RaiaDrogasil (3,87%). O lucro líquido da empresa foi 17,5% maior, de R$ 136 milhões.


Petrobras também teve um dia forte, movida, em grande parte, pela alta do preço do petróleo, que cruzou a linha dos US$ 60,00, o que não acontecia desde junho de 2015. Em reação, a ação ON subiu 1,75% e a PN, 1,79%.


Investidores acompanham também a evolução do leilão do pré-sal, que chegou a ser suspenso mais cedo. A liminar que impedia a operação foi cassada. A segunda e a terceira rodadas do pré-sal tiveram uma arrecadação de R$ 6,15 bilhões para a União em bônus de assinatura, abaixo da expectativa, de R$ 7,7 bilhões.