Juros têm leve baixa e dólar opera na casa de R$ 3,23

Os juros futuros iniciam os negócios desta quinta-feira em leve queda. A direção das taxas reflete o sinal do dólar, que opera perto da estabilidade, após a percepção de uma postura mais favorável a juros baixos do Federal Reserve (Fed, banco central americano). A oscilação, entretanto, ainda é contida.

Contribui para a queda das taxas mais curtas o bom comportamento da inflação, medido pelo IPCA-15 de novembro. O índice teve alta de 0,32%, após elevação de 0,34% em outubro. O resultado também ficou aquém da expectativa do mercado, de 0,40% de

Por volta das 10 horas, o DI janeiro/2019 caía a 7,130%, ante 7,190% no ajuste anterior.Já o DI janeiro de 2021 registrava 9,230%, na comparação com 9,250% no ajuste anterior.

Nos vencimentos mais longos, a queda das taxas é menos acentuada, com efeito sobre a inclinação da curva. A diferença entre o DI janeiro de 2023 e o DI janeiro de 2019 sobe hoje a 2,88 pontos percentuais, contra 2,82 pontos um dia antes, interrompendo pelo menos por ora a sequência de quatro baixas consecutivas.

No mercado de câmbio, o dólar comercial avançava 0,04%, para R$ 3,2345.

O apoio parlamentar ao governo ainda é ponto de incerteza no Brasil. O jantar promovido pelo presidente Michel Temer para tentar articular a reforma da Previdência contou com baixo quórum, o que eleva a preocupação com a capacidade do governo reunir os 308 votos necessários para aprovar a reforma.

A nova proposta para reforma da Previdência foi apresentada na quarta-feira à noite, com quatro mudanças em relação ao texto aprovado pela comissão especial da Câmara. A idade mínima para aposentadoria, de 65 anos para homens e 62 para mulheres, foi mantida, assim como outros pilares da matéria. O limite de concessões pode ser algo positivo na visão do mercado.

Na agenda de hoje, a Secretaria do Tesouro Nacional faz às 11h30 leilão tradicional de vendas de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F). As operações também pode afetar nos juros futuros mais longos.