Com emergentes pressionados, dólar e juros futuros operam em alta
O dólar volta a subir no começo da sessão desta sexta-feira, após sequência de cinco baixas consecutivas. A direção do câmbio doméstico é a mesma de outras moedas emergentes, que operam hoje pressionadas ante o dólar.
O desempenho do real está entre os cinco piores do dia na lista das principais divisas globais. O destaque negativo é o rand da África do Sul, cujos mercados financeiros trabalham sob preocupação de rebaixamento de rating pelas agências Moody's e S&P. Ontem, a Fitch manteve a nota soberana em "BB+", com perspectiva estável.
Por volta das 9h37, o dólar comercial subia 0,30%, cotado a R$ 3,2325. A semana, por outro lado, foi de queda da moeda americana. No Brasil, a perda é de cerca de 0,85% no período em questão.
Em boa parte, o movimento dos últimos dias foi justificado por alertas do Federal Reserve (Fed, banco central americano) com a baixa inflação no país, o que deve conduzir a um aperto monetário apenas gradual. O dólar cai 1,30% ante o peso mexicano e 1% ante o rublo na semana, apesar dos avanços moderados hoje.
Na cena brasileira, as atenções ainda se voltam para reforma da Previdência. Ontem, o comportamento dos ativos refletiu algum desconforto com sinais de resistência parlamentar em apoiar o governo. No entanto, a chance de votação da proposta na Câmara no começo de dezembro evitou o desânimo, mantendo viva a esperança de avanço da medida.
Nesta manhã, os juros futuros também operavam em alta. O DI janeiro/2021 avança a 9,260% (de 9,180% no ajuste anterior), em linha com a direção do dólar. Se o nível for mantido até o fim do dia, a taxa acumulará a terceira queda semanal consecutiva.
Entre vencimentos mais longos, o DI janeiro/2023 subia a 10,070% (de 9,980% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2025, a 10,430% (de 10,340% no ajuste anterior).
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