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Ibovespa tem giro fraco e cai na sessão, mas sobe 0,98% na semana

24/11/2017 19h36

Em mais um dia de giro financeiro fraco, o Ibovespa caiu 0,44% aos 74.157 pontos. Na semana, a bolsa de valores ainda tem alta de 0,98%, mas no mês a bolsa acumula desvalorização de 0,20%. O giro financeiro ficou em R$ 5,4 bilhões, abaixo da média diária do mês, que é de R$ 7,5 bilhões.


A menor disposição dos investidores no mercado de ações é reflexo do horário reduzido de negociação das bolsas americanas, que encerraram os negócios às 16h (horário de Brasília) depois de terem ficado fechadas ontem devido ao feriado de Ação de Graças. A atenção dos investidores também continua concentrada na aprovação da reforma da Previdência, que pode acontecer no começo de dezembro.


O pacote agora é mais enxuto, cujos principais pontos são a exigência de idade mínima de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres, 15 anos de contribuição para o setor privado e 25 anos para o setor público e limitação de até dois salários mínimos para a acúmulo de pensões.


As ações com as maiores quedas no dia foram as dos bancos e da Petrobras. No sistema financeiro, a que mais caiu foi a ordinária do Bradesco, que recuou 1,21%. A exceção foi a unit do Santander, que teve alta de 0,83%.


Segundo operadores, as ações oscilam em meio às discussões entre instituições financeiras, governo e donos de poupança e clientes bancários para tentar chegar a um acordo sobre o pagamento de alegadas perdas com os planos econômicos das décadas de 1980 e 1990. Na quarta-feira passada, a reunião entre esses grupos acabou sem acordo e um novo encontro deve ocorrer na segunda-feira para dar continuidade às negociações.


Os papéis da Petrobras descolaram do comportamento positivo do preço do petróleo e recuaram. As ações preferenciais caíram 0,56% e os papéis ordinários tiveram ganho de 0,54%. Já as ações ordinárias da Vale tiveram ganho de 1,68%.


Outro destaque no dia foi a venda de 34 milhões de ações da Taesa que pertenciam à Cemig ao preço de R$ 21,10, somando R$ 717,4 milhões, em leilão na bolsa de valores. A Cemig ficou com 21,35% do capital social da Taesa. As ações vendidas não estavam atreladas ao acordo de acionistas da Taesa, no qual a Cemig compartilha o controle com a colombiana ISA - que também controla a transmissora ISA Cteep.


Cada unit da Taesa é composta de uma ação ordinária e duas preferenciais. Antes da venda de hoje, a Cemig tinha 42,7% das ordinárias e 16,63% das preferenciais. Depois da operação, a companhia passou a ter 36,9% das ordinárias e 0,5% das preferenciais.


Os recursos obtidos com a venda dos papéis serão depositados em uma conta vinculada para honrar os compromissos da Cemig relacionados à opção de venda outorgada aos bancos acionistas da Rio Minas Energia Participações (RME) e da Luce Empreendimentos e Participações (Lepsa). O negócio integra a lista de dez ativos da Cemig para reduzir suas dívidas. As ações PN da Cemig fecharam com baixa de 2,82% cotadas a R$ 6,90 e os papéis ON caíram 1,60% a R$ 6,78. Os papéis da Taesa subiram 2,17% para R$ 21,15.


As ações da Eletrobras, que chegaram a registrar forte queda durante o pregão, diminuíram a desvalorização até o encerramento dos negócios. Os papéis PNB, que recuaram 3,67%, fecharam com baixa de 1,36%. As ações ON, que recuaram 2,71%, tiveram queda de 1,33% no final do dia.


O conselho de administração da Eletrobras pediu mais prazo para avaliar o modelo proposto pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na privatização das suas seis distribuidoras de energia, depois de considerar que a operação pode resultar, ao final, na assunção de dívidas da ordem de R$ 19,7 bilhões pela companhia.