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Mercado de juros futuros tem giro fraco, com 'pausa' sobre Previdência

27/11/2017 18h12

Investidores do mercado de DI começaram a semana evitando movimentações mais incisivas na BM&F, em meio a uma pausa no noticiário sobre a reforma da Previdência após dias de reação positiva a sinais de mais negociação da proposta.


O volume de negócios dá uma boa ideia da paradeira do mercado. O giro de contratos hoje é 35% menor que a média do mês. Considerando apenas segundas-feiras, o volume caminha para ser o mais baixo desde 23 de outubro. Pouco mais de 800 mil contratos de DI foram negociados até o momento.


Depois de dias com fluxo de notícias mais positivas do lado da reforma da Previdência, investidores dão uma pausa e aguardam novas informações. Entre as notícias mais comentadas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que defenderá "uma agenda reformista de competitividade" caso seja escolhido candidato à Presidência da República.


Enquanto isso, o apresentador de TV Luciano Huck confirmou que não concorrerá às eleições de 2018.


O tema eleição vai ganhando espaço nas discussões entre profissionais do mercado. E, para o Morgan Stanley, isso significa o retorno da volatilidade aos mercados domésticos a partir do segundo trimestre. A elevação da ansiedade com o pleito do ano que vem deve fazer o juro local de dez anos subir a 10,50% ao ano ao fim de setembro de 2018, depois de terminar março do ano que vem em 9,50%.


O Morgan diz ainda "não gostar" de bônus brasileiros em moeda forte e diz que os spreads já operam em patamares em linha com a média para um país com classificação de risco "BB". Os profissionais avaliam a trajetória fiscal e da dívida como "preocupantes", junto com a incerteza sobre tanto a reforma da Previdência quanto as eleições presidenciais do ano que vem. "O posicionamento está pesado. A posição técnica e os preços subiram muito na esteira do alívio das tensões fiscais de curto prazo."


Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2023 subia para 10,080% (10,060% no último ajuste).O DI janeiro/2021 tinha taxa de 9,240% (9,230% no ajuste anterior).


O DI janeiro/2020 recuava a 8,340% (8,370% no último ajuste).E o DI janeiro/2019 caía a 7,080% ao ano (7,120% no ajuste anterior).