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Juros futuros longos cedem com exterior e noticiário político local

28/11/2017 18h03

As taxas de DI de prazos mais longos recuaram na BM&F nesta terça-feira, mais um dia que contou com informações políticas locais em meio a um ambiente externo favorável à renda fixa emergente. ODI janeiro/2023 recuava a 10,020% ao ano (10,080% no ajuste anterior), ao fim do pregão regular, às 16h.


No contexto internacional, o foco se voltou para Jerome Powell, indicado por Donald Trump para substituir Janet Yellen na presidência do Federal Reserve (Fed, BC americano). Ao comitê bancário do Senado dos EUA, Powell se colocou como herdeiro das políticas do Fed direcionadas por Yellen e por seu antecessor, Ben Bernanke.O comentário foi lido como uma indicação de que ele, assim como Yellen, não tem pressa para subir os juros.


Várias moedas emergentes e títulos de dívida ampliaram os ganhos após os comentários de Powell. O iShares J.P. Morgan EM Local Currency Bond ETF - que busca acompanhar retornos de um índice de títulos soberanos de emergentes em moeda local - subia 0,65%, alcançando os maiores níveis desde 20 de outubro.


O noticiário político doméstico também esteve na pauta, com o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no centro das manchetes. Alckmin deverá assumir a presidência do partido no próximo mês. O fato de ter conseguido ser lançado como candidato único sem maiores tensões no partido reforçou a visão de que teria condições de despontar como candidato às eleições para a Presidência da República em 2018.


"Ele já demonstrou capacidade de construir alianças e, num momento em que as bases de líderes tradicionais estremecem, Alckmin consegue manter seus aliados por perto. Isso faz toda diferença quando se está num momento de construir consenso para reformas", diz um profissional do mercado financeiro.


Alckmin indicou nesta terça-feira que o PSDB deixará o governo Michel Temer (PMDB) quando ele assumir a presidência do partido. Mas ponderou: "Abandonar no sentido de não ter compromisso, não. Porque temos compromisso, responsabilidade e temos que dar sustentação na Câmara e ao mesmo tempo votar projetos de interesse do país".


As demais taxas também recuavam às 16h. O DI janeiro/2019 ia a 7,080% (7,090% no ajuste anterior). ODI janeiro/2020 caía a 8,290% (8,340% no último ajuste), e o DI janeiro/2021 cedia a 9,170% (9,240% no ajuste de ontem).