Dólar avança e opera na casa de R$ 3,25 com cena política no foco
Com alguma instabilidade nos primeiros negócios do dia, os juros futuros e o dólar começam a formar um sinal mais claro na sessão desta quinta-feira. As taxas apontam para cima, estendendo o avanço do dia anterior quando o mercado sofreu o baque de ruídos políticos relacionados à reforma da Previdência.
Numa indicação de que a cautela persiste no mercado, o DI janeiro de 2021 subia a 9,340% por volta das 10 horas, ante 9,330% no ajuste anterior.
Outro termômetro da percepção de risco, a inclinação da curva de juros, aumenta nesta manhã. A diferença entre o DI janeiro de 2023 e o DI janeiro de 2019 avança a 3,12 pontos percentuais. Se o nível for mantido até o fim do dia, será a nova máxima recorde para esse trecho. Ontem, o patamar estava em 3,08 pontos, tendo avançado 0,11 ponto ante 2,97 pontos no fechamento de terça.
O movimento no Brasil se descola dos principais emergentes, como pode ser visto no mercado de câmbio. O dólar comercial avançava 0,51%, cotado a R$ 3,2570.
No mercado brasileiro, a instabilidade ao longo da sessão pode ser acentuada por causa de fatores técnicos, como a formação da taxa Ptax,referência para liquidação de derivativos, de fim de mês e o leilão de títulos públicos.
Como pano de fundo, a articulação do governo em torno da proposta previdenciária ganha ainda mais atenção dos agentes financeiros neste momento. Aumentaram as dúvidas sobre a capacidade de Michel Temer e seus aliados em pautar a votação da matéria na próxima semana, intenção já demonstrada anteriormente. Isso porque há o risco de não haver apoio parlamentar suficiente para aprovar a medida.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve decidir hoje se põe a proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência na pauta de votação de quarta-feira, 6 de dezembro, como querem o Palácio do Planalto e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
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