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Dólar e juros estendem queda com exterior; cena política segue no foco

05/12/2017 11h04

O ambiente externo abre espaço para queda do dólar na manhã desta terça-feira. Em linha com a valorização de emergentes, a cotação da divisa americana recua ao nível de R$ 3,24. A sequência de baixas chega agora a três sessões, apesar da cautela com o cenário político no país.


Por volta das 10 horas, o dólar comercial caía 0,20%, a R$ 3,2404, bem próximo da mínima do dia, de R$ 3,2387.


O contrato futuro para janeiro de 2018, por sua vez, recuava 0,14%, a R$ 3,2480.


Com isso, o real ganha terreno e registra o oitavo melhor desempenho dentre as principais divisas globais. A valorização é bem próxima a dos principais emergentes numa manhã de queda quase geral do dólar.


O bom comportamento do câmbio se estende para os juros futuros. Os investidores esperam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será conhecida amanhã. O consenso é de que o BC reduzirá a taxa Selic de 7,5% para 7%. A dúvida é como a autoridade sinalizará os próximos passos em 2018.


Entre os vencimentos mais curtos, o DI janeiro/2019 cedia a 7,040% (7,060% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2020 recuava a 8,290% (8,320% no ajuste anterior).


Já o DI janeiro/2021, que reflete percepção sobre fatores mais estruturais, caía a 9,200% (9,230% no ajuste anterior).


No Brasil, as articulações para avanço da reforma da Previdência se intensificam à medida que o fim do ano se aproxima. O governo busca apoio das bancadas para colocar a proposta previdenciária para votação talvez ainda em 2017. O PSDB decide se toma posição sobre reforma da Previdência amanhã.


O Banco Central (BC) vai realizar operações no mercado de câmbio em duas modalidades. Além de ofertar mais 14 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento janeiro, também disponibilizará até US$ 2 bilhões das tradicionais linhas de dólares com compromisso de recompra - típicas de fim de ano, quando se reduz a liquidez do mercado.