Ibovespa tem nova queda por ceticismo com Previdência
O mercado local de bolsa passou mais uma vez por um período de pessimismo com a reforma da Previdência, mas o tema hoje não só pautou a decisão do investidor de se desfazer de posições como começa a trazer uma piora para o sentimento dos agentes do mercado.
O Ibovespa encerrou em queda de 1,07%, aos 72.487 pontos. O volume negociado no dia foi de R$ 7,06 bilhões.
Entre as baixas, ativos de peso para o índice, como a Petrobras, a Vale e os bancos, encerraram todos em queda, pesando sobre o movimento do índice. A Vale ON caiu 1,17%, a R$ 35,34, enquanto Petrobras PN cedeu 1,68%, a R$ 15,26. No setor bancário, o Banco do Brasil perdeu 3,87%, a R$ 30,77.
Na avaliação de analistas e operadores, embora o índice não tenha tido uma das maiores baixas deste ano, a perspectiva para a aprovação da reforma previdenciária é agora pouca ou nenhuma. Isso porque, depois de encontro do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com investidores nesta manhã, ganhou corpo a ideia de que de fato não há votos para passar o projeto em primeira votação na semana que vem.
Em termos técnicos, porém, os analistas também citam que o nível dos 71 mil pontos ainda representa um patamar de suporte relevante ? na mínima do dia, o Ibovespa chegou a cair 2,61%, aos 71.356 pontos. Assim, embora as chances da reforma estejam diminuindo a cada dia, o mercado ainda evita apostar completamente numa derrota do governo, dado que os esforços continuam. Mas os comentários dos operadores também mencionam um "desconforto geral" do investidor, pela ameaça cada vez mais forte de não votar satisfatoriamente a reforma semana que vem, como o desejado pelo governo.
Para Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos, pesou muito no mercado também a falta de apoio à reforma pelo PSDB, partido relevante para o governo e cujas sinalizações foram difusas até agora. "O PSDB não definiu fechar a questão [em torno da reforma] e é um grande partido aliado. Isso era bem importante", disse.
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