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Construtora critica reajuste mensal da Petrobras em material asfáltico

Mário Bittencourt/UOL
Imagem: Mário Bittencourt/UOL

11/12/2017 15h07

A iniciativa da Petrobras de reajustar mensalmente o material asfáltico pode provocar uma paralisação de obras de manutenção e extensão de rodovias pelas empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), disse nesta segunda-feira (11) o presidente da Comissão de Infraestrutura da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Carlos Eduardo Lima Jorge.

Segundo Jorge, a Petrobras informou que, a partir de 2018, o reajuste mensal do material asfáltico será de 8% até abril e de até 12% a partir de então. A estatal alega que precisa se adequar à regra internacional.

Jorge explicou que os contratos das empresas que promovem o serviço preveem que esse tipo de material seja reajustado a cada 12 meses. O representante da CBIC afirmou que é preciso encontrar uma forma de as fornecedoras serem ressarcidas por esse aumento.

"Tem que ter dispositivo que receba isso [reajuste mensal] no contrato porque [a decisão da Petrobras] desequilibra todos os contratos", afirmou o representante da CBIC, durante apresentação do balanço anual da indústria da construção.

"As empresas não têm condições de sustentar aumento", disse ele, frisando que o material asfáltico tem um peso de 45% no custo de obra da manutenção de rodovias.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, acrescentou que o setor é "monopolista". "Não podemos bater na porta do vizinho".

Minha Casa, Minha Vida

No acumulado de janeiro a outubro, as contratações do programa Minha Casa, Minha Vida somaram 413.767, segundo a CBIC. Deste total, apenas 5.196 foram contratadas pelo público de menor renda, a chamada faixa 1.

De 2009 a outubro de 2017, as contratações do programa haviam somado 4,956 milhões.

No caso da última seleção para contratação do Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda mais baixa, Martins defende que as construtoras que não estiverem com a documentação completa para início das obras sejam colocadas no fim da fila.

Para ele, devem ter prioridade as empresas que estão preparadas para começar de forma imediata o empreendimento.

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