De olho em política, dólar opera em queda e real destoa de emergentes
O câmbio brasileiro é um dos destaques positivos da manhã desta segunda-feira. O real ganha terreno ante o dólar, em sinal oposto ao de alguns pares, como peso mexicano e rublo russo.
O bom desempenho da moeda brasileira, pelo menos neste momento, conta com uma trégua da cena política. A articulação em torno da reforma da Previdência recebeu, inclusive, alguns sinais positivos ao longo do fim de semana.
O PPS determinou que seus parlamentares votem a favor da reforma, juntando-se agora a PMDB e PTB. O presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, também defendeu o fechamento de questão a favor da proposta, mas a decisão ainda depende de reunião com bancadas da sigla no Congresso.
A intenção do governo é votar o texto na semana do dia 18, em um cronograma bastante apertado. Por isso, mesmo com alguns sinais positivos vindos de Brasília, a cautela ainda pesa nos negócios e o dólar continua operando próximo de R$ 3,30.
Por volta das 9h50, o dólar comercial recuava 0,46%, a R$ 3,2799. Numa lista das 33 principais divisas globais, o desempenho da moeda brasileira é o segundo mais positivo, atrás da alta de 1% do dólar da Nova Zelândia.
O contrato futuro para janeiro, por sua vez, cedia 0,39%, a R$ 3,2860.
O ambiente também se mostra mais favorável para os juros futuros. O DI janeiro/2021, que reflete a leitura sobre fatores mais estruturais, cai a 9,200% (9,240% no ajuste anterior).
Já o DI janeiro/2019 recuava a 6,990% (7,010% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2020 marcava 8,260% (8,290% no ajuste anterior).
A agenda econômica é leve neste começo de semana. No entanto, amanhã será divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que pode trazer mais detalhes sobre a chance de extensão do ciclo de corte de juros em 2018.
A inflação continua favorável para níveis mais baixos da Selic, mas a incerteza política é um dos fatores que pesa na trajetória da taxa. Conforme mostrado há pouco pelo Boletim Focus, os especialistas estimam aumento do IPCA em 2,88% no fim deste ano, ante 3,03% na leitura anterior, e 4,02% em 2018. A projeção para Selic ao fim do ano que vem foi mantida em 7%.
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