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Dólar e juros voltam a mostrar sensibilidade à cena política

11/12/2017 13h37

O dólar e os juros futuros ainda operam em baixa na sessão desta segunda-feira, mas já se aproximam da estabilidade. Apesar de sinais favoráveis à reforma da Previdência no fim de semana, o comportamento dos ativos volta a mostrar sensibilidade a cada discurso novo dos políticos de Brasília.


Ainda não há "clareza" necessária para colocar a reforma da Previdência em votação, afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O tema da Previdência só sairá de pauta do Brasil depois que for votado e aprovado, acrescentou.


Sinais da cautela no mercado, o prêmio cobrado nos vértices mais longos dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) voeltam a se ajustar para cima. A diferença do DI janeiro de 2023 e o DI janeiro de 2019 sobe para 3,11 pontos percentuais, ante 3,10 pontos anteriores.


A queda do dólar é moderada, tendo reduzido o ritmo, quando também houve alguma piora do apetite por risco no exterior. Assim, a divisa americana até caiu para R$ 3,2740 na mínima do dia, mas enfrenta dificuldade para se afastar do nível de R$ 3,30. Por volta das 12h30, o dólar era negociado a R$ 3,2910 no balcão, queda de 0,12%.


Tamanha incerteza na cena política também deve se refletir na comunicação do Banco Central (BC), que amanhã informa a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). "Como não esperamos que nem os números de atividade nem de inflação divirjam substancialmente dos status atual, acreditamos que o pano de fundo político deve ser apontado como crucial para mudar a avaliação atual do Banco Central ou corroborá-la", dizem os economistas Jankiel Santos e Flávio Serrano, do banco de investimentos Haitong do Brasil.


Ao redor das 12h30, os juros futuros recuavam, mas em baixa intensidade. O DI janeiro/2019 recuava a 6,980% (7,010% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2020 marcava 8,270% (8,290% no ajuste anterior).


O DI janeiro/2021 cedia a 9,210% (9,240% no ajuste anterior).