Demanda para leilões de distribuição de energia decepciona governo
A demanda declarada pelas distribuidoras de energia para os leilões A-4 e A-6, que ocorrem na próxima semana, decepcionou o Ministério de Minas e Energia (MME), que tinha expectativa de uma contratação de um volume mais elevado, disse o secretário de desenvolvimento energético da pasta,Eduardo Azevedo.
"Ficamos um pouco decepcionados com o número, mas é a realidade", disse, lembrando que a contratação depende da demanda das distribuidoras. Segundo ele, as projeções do governo indicavam a necessidade de uma contratação maior. "Ficamos decepcionados com as duas demandas, estamos analisando o porquê desses números", afirmou Azevedo.
O secretário lembrou, porém, que o leilão A-4 marcado para abril de 2018 poderá corrigir eventuais distorções nas contratações das distribuidoras.Na visão dele, o volume a ser contratado no A-6 é maior que o do A-4, mas ainda assim será fraco. De todo modo, é suficiente para comportar a contratação de termelétricas, disse.
"Dentro da metodologia do leilão, se você vender 30% da garantia física, consegue levar todo o projeto como sendo contratado. Apesar de o montante [da demanda] não comportar grandes térmicas, ele contempla 30% da maior térmica, então certamente haverá espaço", afirmou.
Questionado se o MME considerou cancelar o leilão, devido ao número baixo da demanda, Azevedo disse que não seria uma alternativa. "Cancelar passaria uma mensagem muito ruim para o mercado, então decidimos manter mesmo com a demanda fraca."
O secretário participou nesta sexta-feira do leilão de transmissão realizado na B3, em São Paulo. Na segunda-feira, ocorre o leilão de geração A-4, com contratação de projetos para entrada em operação em 2020. Na quarta-feira, é a vez do leilão A-6, com projetos para 2022.
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