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Recuo em serviços é menor na comparação com o ano anterior, diz IBGE

15/12/2017 12h42

Enquanto a indústria e o comércio deixam cada vez mais clara sua trajetória de recuperação, mesmo que errática no caso do varejo, o setor de serviços acumula sua quarta queda consecutiva na comparação com o mês imediatamente anterior, após o desempenho de outubro: um recuo de 0,8% frente a setembro.


Embora não seja possível afirmar que o setor está em recuperação, é possível notar dados levemente favoráveis, segundo o analista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha. É o caso do volume de serviços prestados em 12 meses, que chegou a recuar 5,1% em abril deste ano e agora exibe uma perda de 3,7%.


"Existem evidências de uma recuperação do setor no longo prazo. O acumulado de 12 meses evidencia isso", avalia Saldanha.


Em outro dado que mostra uma desaceleração da piora, em outubro, o volume de serviços prestados no país recuou 0,3% frente ao mesmo mês do ano passado. Essa foi a menor baixa desde março de 2015 (+2,3%). Saldanha frisa, no entanto, que a base de comparação (outubro de 2016) é extremamente baixa.


Para o analista, a retomada do setor depende substancialmente do aumento da demanda das empresas por serviços, como telecomunicações e profissionais. No setor de serviços, o peso do consumo das famílias, uma dos motores da retomada econômica, é menor do que em outras atividades.


"O setor precisa de demanda especialmente na área de projetos. Uma vez que as empresas retomem capacidade de investimentos, elas vão contratar mais serviços na área de engenharia, por exemplo. Nesse ponto, a expectativa da retomada na área de petróleo é positiva", afirmou.