Monitor do PIB indica avanço de 0,1% em outubro sobre setembro

O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), sinalizou em outubro crescimento de 0,1% do produto brasileiro, na comparação com setembro.

No trimestre móvel fechado em outubro, o levantamento apontou alta de 0,3% em relação aos três meses encerrados em julho, pela série com ajuste sazonal. No acumulado dos últimos 12 meses até outubro, a economia soma expansão de 0,4%, primeira variação positiva nesta comparação após 32 meses de taxas negativas.

Em nota, o coordenador do Monitor do PIB, Claudio Considera, afirma que mais uma vez, o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo se destacaram, ao avançarem 0,2% e 0,7%, respectivamente entre setembro e outubro. Na comparação com outubro de 2016, os dois componentes também mostram resultado favorável, com altas de 3,7% para as famílias e 3,2% para o investimento.

A contribuição da agropecuária também foi fundamental para o desempenho positivo da taxa acumulada em 12 meses até outubro, segundo a FGV, tendo em vista que a indústria (-0,6%) e os serviços (-0,3%) ainda apresentam taxas acumuladas em 12 meses negativas.

Pela ótica da demanda, a taxa em 12 meses do consumo das famílias foi positiva em 0,2% após 26 meses consecutivos de variações negativas; à exceção do consumo de serviços, todos as categorias do consumo apresentaram taxas positivas nesta comparação.

A formação bruta de capital fixo, por sua vez, ainda apresenta taxa negativa, nesta mesma comparação (-3,1%) a despeito do forte crescimento do componente de máquinas e equipamentos (+4,8%).

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB cresceu 1,8%, no trimestre móvel encerrado em outubro. À exceção da construção (-2,9%), serviços de informação (-3,3%), intermediação financeira (-0,5%) e administração pública (-0,5%), todas as demais atividades apresentaram resultados positivos nesta comparação.

Os destaques foram os desempenhos da agropecuária (6,4%), da transformação (3,5%), do comércio (4,8%) e dos transportes (3,9%). Comparado ao mesmo mês do ano passado, o PIB apresentou crescimento de 2,6% em outubro.

A formação bruta de capital fixo (FBCF) avançou 2% no trimestre móvel encerrado em outubro, quando comparado ao mesmo trimestre de 2016.

De acordo com a FGV, este resultado positivo deve-se ao desempenho de máquinas e equipamentos (11,7%) que vem crescendo continuamente ao longo do ano. Todos os componentes da FBCF apresentaram melhora com relação às taxas divulgadas anteriormente. O componente de construção, apesar de ainda negativo (-3,6%), está em trajetória ascendente pelo quarto mês consecutivo.

O mesmo ocorre com o componente 'outros' da FBCF, que apresentou queda de 2,4% no trimestre móvel findo em outubro. Na série ajustada sazonalmente, a FBCF do trimestre móvel findo em outubro é positiva em 2,1% em relação ao trimestre móvel encerrado em julho, e o mesmo ocorre para todos os seus componentes, inclusive construção com crescimento de 0,7%.

A taxa de investimento, a preços constantes, após alcançar o ápice de 24,3% em outubro de 2013, caiu sistematicamente até o início de 2017, e em outubro deste ano apresenta sinais de melhora, chegando a 18,4%.