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Juros futuros recuam e volume é ampliado na última sessão do ano

28/12/2017 18h04

A última sessão do ano no mercado de juros brasileiro foi marcada por melhor volume de negócios e queda das taxas de médio e longo prazos.Depois de três dias de baixíssimo giro, o número de contratos transacionados nesta quinta-feira já supera os 912 mil. É o maior em uma semana.


Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2019 operava estável, a 6,880% ao ano.O DI janeiro/2020 caía 4 pontos-base, para 8,070%.O DI janeiro/2021 cedia 5 pontos-base, para 9,050%.E o DI janeiro/2023 recuava 7 pontos-base, para 9,990%.


O ano termina com investidores aparentemente buscando retornos mais altos, aproveitando os "gordos" juros em vencimentos para além de 2020. Esse prêmio de risco elevado - e que só aumentou ao longo do ano - decorre das incertezas com o ajuste fiscal, que estão correlacionadas às eleições de 2018. Mas o cenário-base dos agentes financeiros é de um resultado no pleito que corrobore a continuidade de políticas mais austeras no campo fiscal, permitindo juros baixos por mais tempo e descompressão de risco no longo prazo.


"Será cada vez mais importante uma mudança de fundos de renda fixa para multimercados, em busca de um 'alpha' [retorno acima de um 'benchmark'] mais ativo em um período de CDI mais baixo", diz o gestor de um fundo "hedge" brasileiro.


A atuação de investidores no mercado de DI embute mais de 100 pontos-base de alta da Selic ao longo de 2018, mas operadores dizem que essa precificação é mais proteção do que aposta firme. Dessa forma, o "trade" de venda de juro curto segue como uma estratégia importante nos portfólios. Mas o risco/retorno se inclina mais para vértices de médio prazo caso se confirmando a expectativa do mercado de prosseguimento da política econômica atual.


Apesar da volatilidade - que aumentou especialmente após o escândalo da JBS, em maio -, 2017 gerou bons retornos para quem apostou na renda fixa, dando sequência a um 2016 já positivo.O índice IRF-M 1+ - calculado pela Anbima e que mede a performance de aplicações em prefixados de vencimento igual ou superior a um ano - tem ganho de 16,4149% no acumulado do ano até ontem. O IMA-Geral retorna 12,6629% no mesmo período.Os resultados estão bem acima do CDI acumulado, de 9,87%.