Posição de liquidez da Petrobras é adequada a acordo, afirma Moody's
A agência de classificação de risco Moody's afirmou nesta quarta-feira que o acordofechado pela Petrobras para suspender a ação coletiva ("class action") movida por um grupo de acionistas e detentores de títulos da estatal nos Estados Unidos é positivo para a nota de crédito da empresa.
Em relatório, a Moody's destaca que, se aprovado, o acordo extinguiria a incerteza relacionada ao montante a ser pago aos investidores que moveram a ação. Além disso, a agência diz que o acerto estabelece uma referência para futuras penalidades que possam ser impostas à companhia.
A ação coletiva era fruto dos prejuízos provocados pelo envolvimento da Petrobras nos desvios de recursos investigados pela Operação Lava-Jato. A companhia concordou em pagar US$ 2,95 bilhões aos investidores, em duas parcelas de US$ 983 milhões e uma de US$ 984 milhões.
No relatório, a Moody's afirma que a posição de liquidez da Petrobras é adequada e que o pagamento acertado não representa uma preocupação material. "Em 2018, a companhia deve gerar perto de US$ 30 bilhões em caixa operacional, e os gastos de capital devem ficar perto de US$ 15 bilhões".
A ratificação do acordo ainda depende da decisão do juiz Jed Rakoff, da primeira instância da Justiça americana. A tendência, porém, uma vez que houve acordo entre as partes, é que ele aprove a admissão inicial do acerto.
Diante do acordo, a "class action" será anulada, retirando do horizonte da Petrobras o risco de sofrer penalidades bem mais elevadas que as sofridas em ações individuais de investidores nos Estados Unidos.
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