Nextel Brasil recebe aval de chineses para alongamento de dívida
A Nextel Brasil, controlada pela NII Holdings, obteve autorização da seguradora estatal chinesa Sinosure para o alongamento dos prazos de pagamentos de empréstimos com o China Development Bank (CDB), em outubro de 2017. Agora, as alterações nas linhas de crédito com a instituição chinesa, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão efetivas.
O acordo prevê deferimento do pagamento do principal das dívidas, que somam US$ 386 milhões, ou R$ 1,28 bilhão, pelos primeiros 48 meses a partir da data de validade. Desta forma, serão liberados recursos para financiar as operações e uma suspensão do cumprimento de certas cláusulas financeiras, incluindo o "covenant" de dívida líquida, até 30 de junho de 2020.
Segundo comunicado ao mercado, também foi aprovada a extensão do prazo de vigência dos financiamentos para 98 meses a contar da data em que as alterações se tornaram efetivas.
Para as alterações, foram oferecidas garantias adicionais aos credores na forma de direitos preferenciais a valores mantidos em determinadas contas bancárias da Nextel, além da garantia de equipamentos e propriedades. A Nextel ainda estará sujeita a certos requerimentos mensais de saldo mínimo de caixa e de fluxo de recebíveis.
Como condição para as alterações, algumas subsidiárias da NII Holdings concordaram em realizar contribuições de capital próprio, oriundo de saldos de caixa disponíveis, para a Nextel durante os próximos 48 meses. A empresa tinha aproximadamente US$ 420 milhões, ou R$ 1,33 bilhão, em caixa, considerando o fechamento do terceiro trimestre do ano passado.
"As alterações aos nossos contratos de financiamento nos fornecem uma estrutura de capital apropriada para o longo prazo, diminuindo a pressão sobre nossa liquidez", afirmou Dan Freiman, diretor financeiro da NII. A empresa quer melhorar as métricas operacionais, como reduzir a rotatividade de clientes 3G e 4G, que no quarto trimestre caiu para 3,47%.
Em 28 de dezembro de 2017, a Nextel foi informada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que foram liberadas as garantias de performance relacionadas às obrigações de cobertura geográfica da rede. Desta forma, a empresa espera recuperar R$ 156 milhões em colaterais de caixa relacionados a essas garantias.
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