Embraer diz à CVM que não pode se manifestar sobre acordo com Boeing
A Embraer voltou a dizer nesta segunda-feira (15) que não possui elementos para se manifestar sobre a forma a ser adotada em uma eventual combinação de negócios e que não cabe à companhia comentar declarações públicas do governo, referindo-se às negociações de parceria em andamento com a concorrente americana Boeing.
O comunicado foi uma resposta da empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que solicitou explicações sobre notícias veiculadas na sexta-feira (12), segundo as quais o ministro da Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, afirmou que o governo federal decidiu que não venderá o controle da Embraer à Boeing, mas defendeu uma parceria entre as duas companhias.
"Reiteramos que a companhia manterá seus acionistas e o mercado informados na medida em que o assunto em questão evolua", disse a Embraer.
No fim da tarde de sexta-feira, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, recebeu em seu gabinete, em Brasília, representantes da empresa Boeing para discutir parcerias com a Embraer.
Pelo lado da Boeing. estiveram presentes a presidente para América Latina, Donna Hrinak, os executivos Greg Smith, vice-presidente financeiro, Travis Sullivan, vice-presidente de cooperação estratégica, e Ray Conner, diretor comercial.
Além de Raul Jungmann, também participaram da reunião o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, o secretário de produtos de defesa, Flávio Basílio, o secretário de economia e finanças da FAB, José Magno Araújo, e o diretor de economia e finanças da FAB, Heraldo Luiz Rodrigues.
No encontro, Jungmann se posicionou favoravelmente a uma parceria entre Boeing e Embraer, mas reiterou que o controle acionário da brasileira é uma questão de soberania nacional e não será transferido, nem irá à mesa de negociação entre as empresas.
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