Ibovespa tem recorde com exterior e Eletrobras, à espera do TRF
O Ibovespa teve mais uma dia sem um movimento tão brilhante, mas suficiente para levá-lo a renovar recordes de fechamento e no intradia, impulsionado pelo exterior em alta e pelos fortes ganhos das ações da Eletrobras.
À espera do julgamento do ex-presidente Lula na quarta (24) no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o Ibovespa encerrou hoje em alta de 0,56%, em novo recorde aos 81.675 pontos, na máxima do intradia.
O julgamento do petista terá, segundo operadores, bastante força para movimentar o mercado no curtíssimo prazo, com os investidores animados em caso de uma condenação pelas maiores expectativas de que isso venha a tirar Lula das disputas eleitorais. Ele representa, do ponto de vista dos agentes de mercado, riscos para a continuidade na agenda de reformas.
Dessa maneira, um resultado favorável ao petista no julgamento deixaria o caminho livre para que ele concorresse à presidência, azedando o interesse do investidor nos ativos. "O investidor neste caso vai querer maior prêmio pelo risco", afirma Luis Gustavo Pereira, analista da Guide Investimentos.
O noticiário corporativo também movimentou o dia. Maior alta do Ibovespa, as ações da Eletrobras colaboraram para levar o índice a um novo pregão de ganhos, reagindo à assinatura do projeto de lei (PL) que trata da privatização da companhia. De olho no destravamento de valor que a elétrica pode obter com a privatização, as ONs subiram 7,26%, a R$ 18,77, enquanto a PNB avançou 4,25%, a R$ 21,58.
O giro financeiro dos papéis também chama a atenção e mostra que os investidores de fato se posicionaram com maior intensidade nos papéis. As ONs registraram movimento financeiro de R$ 174 milhões hoje, contra R$ 34,8 milhões de giro no pregão anterior, enquanto as PNBs movimentaram R$ 99,8 milhões, ante R$ 22,1 milhões na sexta-feira.
Entre as altas também ficaram papéis de importante peso e giro para o Ibovespa, caso da Petrobras ON (+1,04%, a R$ 19,51), Petrobras PN (+1,15%, a R$ 18,47) e dos bancos, com ênfase ao Itaú Unibanco PN (+2,49%, a R$ 48,23).
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