Dólar tem maior alta em mais de um mês na véspera do TRF-4
O dólar registrou nesta terça-feira a maior alta frente ao real em quase um mês e meio. A moeda mostra força no exterior, mas aqui andou bem mais do que contra a vasta maioria das divisas emergentes. O real teve hoje o segundo pior desempenho global, melhor apenas que o peso argentino. Alguns cálculos indicam que uma reação no câmbio semelhante à vista no "caso Joesley" de maio passado poderia levar a cotação para a casa de R$ 3,60.
A apreensão antes do julgamento de recurso da defensa do ex-presidente Lula explica a postura mais conservadora dos agentes. A expectativa majoritária entre agentes financeiros é que o petista seja condenado por unanimidade. Porém, nos últimos dias - e claramente hoje -, investidores elevaram a demanda por proteção diante dos riscos de uma realização de lucros nos ativos mesmo caso a condenação seja confirmada.
Tomando como base análise histórica, uma medida que sinaliza quanto o dólar pode subir é o chamado z-score - que mede quantos desvios padrão o preço de um ativo varia em relação à média.
Desde 2014, o desvio máximo para cima no caso do dólar/real tem ficado entre 2 e 3. Considerando que esses pontos sejam alcançados amanhã, o dólar comercial poderia subir na quarta-feira para uma faixa entre R$ 3,35 e R$ 3,43 (levando em conta nos cálculos médias para períodos de 30 e 90 dias).
Num exemplo mais extremo - o z-score de 18 de maio de 2017, data da reação dos mercados à delação da JBS -, a moeda poderia alcançar patamares entre R$ 3,59 e 3,66. A taxa de R$ 3,66, por exemplo, representaria uma alta de 13,07% do dólar frente ao real em apenas um dia. Em 18 de maio passado, a cotação saltou 8,06%.
Nesta terça-feira, o dólar comercial fechou em alta de 0,84%, a R$ 3,2369. É a maior alta desde 12 de dezembro (0,94%).
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