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Ibovespa bate recorde de 83 mil pontos com condenação de Lula

24/01/2018 19h30

A condenação do ex-presidente Lula no caso tríplex levou o Ibovespa a ter um dos seus melhores pregões em pelo menos um ano. O índice teve intensa alta de 3,72% no fechamento, aos 83.680 pontos, máxima do dia, ultrapassando com folga os recordes estabelecidos pelo índice nas últimas sessões.


A condenação do ex-presidente Lula no caso tríplex por unanimidade no TRF-4 torna mais difícil a candidatura do petista nas eleições deste ano, o que estimula o mercado a confiar mais na vitória de um candidato alinhado à agenda de reformas. Embora o petista possa recorrer às instâncias superiores, a avaliação de operadores é que sua candidatura sai completamente enfraquecida, inclusive em termos de transferência de votos a um outro nome.


Da mínima à máxima do dia, o Ibovespa subiu 3 mil pontos. O giro financeiro também foi o maior desde o dia em que as ameaças da delação de Joesley Batista, dono da JBS, atingiram o governo presidente Michel Temer, em 18 de maio de 2017. Naquele dia, o giro foi de R$ 20,6 bilhões; hoje, o volume financeiro do Ibovespa bateu os R$ 13 bilhões.


A alta do Ibovespa no dia também foi a maior em mais de um ano. Em 3 de janeiro de 2017, o índice subiu 3,73%, primeiro dia de negociações daquele ano após o recesso, com a volta dos estrangeiros aos negócios e reagindo a dados positivos na China e nos Estados Unidos.


A maioria dos ativos do Ibovespa teve um desempenho estrondoso, com as estatais, papéis que estão diretamente ligados ao governo, subindo com força. Na liderança, a PNB da Eletrobras avançou 9,69%, a R$ 22,65, enquanto a ON teve ganho de 7,83%, a R$ 19,55. No dia, comentários do presidente em exercício, Rodrigo Maia (DEM), que disse estar confiante sobre a privatização da elétrica até o mês de abril deram fôlego adicional aos papéis da empresa.


A alta foi muito intensa para o papel de maior giro do índice, a Petrobras PN (+5,74%, a R$ 19,34). O volume do papel foi de R$ 1,7 bilhão, mais do que o dobro do negociado no pregão anterior. A ON subiu 6,40%, a R$ 20,63, com o triplo do giro financeiro, de R$ 491,6 milhões.


Outros ativos que chamaram a atenção foram os bancos, com o Banco do Brasil avançando 7,93%, a R$ 37,99, e com giro também superando R$ 1 bilhão. Somente Ambev, Cielo, Fibria e Suzano fecharam em baixa hoje.