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PT se reúne em São Paulo para lançar Lula presidente

25/01/2018 12h38


A Executiva Nacional do PT está reunida nesta quinta-feira (25) em São Paulo para discutir a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem pelo Tribunal Superior Regional da 4ª Região (TRF-4). A intenção é sacramentar a decisão de registrar a candidatura de Lula à Presidência.


A ex-presidente Dilma Rousseff e a presidente nacional do partido, senadora Gleisi Hoffmann, coordenam os trabalhos, em prédio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na região central da capital. Lula chegou ao evento por volta das 10h30, mas ainda não discursou. São esperados para o ato 30 dirigentes da legenda, deputados, senadores e governadores petistas.


Ontem (24), o ex-presidente foi condenado em 2ª instância por corrupção e lavagem de dinheiro e teve sua pena aumentada para 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado.


O petista ainda pode apresentar recursos ao Tribunal Regional Federal (TRF) e às cortes de Brasília. A decisão tem potencial, no entanto, de impedir Lula de se candidatar às eleições de outubro.


"A decisão não interfere nem um milímetro na decisão do PT de lançar Lula à Presidência", disse ontem o líder do partido na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PT-RS), em discurso na Praça da República, no centro de São Paulo. "É faca nos dentes, sangue nos olhos, olhando para o futuro ."


Em Porto Alegre, onde está sediado o TRF-4, que julgou Lula, o deputado federal Pepe Vargas defendeu a manutenção do ex-presidente como candidato em um contexto de uma "grande unidade do campo democrático e de esquerda". "O importante é continuarmos discutindo um programa de mobilização do povo", disse o deputado.


O vice-presidente do PT, Márcio Macedo, já havia dito ontem ao Valorque a Executiva partidária se reuniria hoje para decretar que a candidatura de Lula será registrada, "independentemente" do resultado do julgamento.


"Bombeiro"


O deputado Wadih Damous (PT-RJ) afirmou que o Judiciário e o Ministério Público representam hoje o pilar do fascismo no Brasil. Segundo o parlamentar, o julgamento do ex-presidente Lula é coerente com o que se passa com o país neste momento.


Damous disse que os apoiadores devem recorrer às ruas para impedir o avanço do fascismo. "Se quem deve preservar a institucionalidade agride, não cabe a nós ficar de braços cruzados contra decisões que atentam contra o Estado de direito. Não cabe a nós o papel de bombeiro. O fascismo se enfrenta nas ruas", disse.



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