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Dólar vai a R$ 3,17 com recuperação da moeda no exterior

29/01/2018 16h02

O dólar começa a última semana de janeiro em firme alta frente ao real, depois de acumular baixa de cerca de 2% nos cinco pregões anteriores. As operações no Brasil seguem a recuperação da moeda no exterior. Separadamente, a alta do dólar ante outras divisas fortes e também contra moedas emergentes é a mais intensa desde outubro de 2017.


O movimento encontra suporte numa correção técnica, depois de a moeda ter tido neste mês de janeiro, em termos globais, o começo de ano mais combalido em tempos. Além disso, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano batem novas máximas, ampliando a atratividade do dólar. O "yield" do Treasury de dez anos alcançou 2,727% ao ano, máxima desde abril de 2014.


A esticada dos juros de mercado nos Estados Unidos se dá na antevéspera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que, desta vez, deve manter os juros estáveis, no intervalo entre 1,25% e 1,50% ao ano. Contratos futuros da CME embutem 96% de o BC americano manter, na próxima quarta-feira, os juros nessa faixa. Ainda na semana, há expectativa pela divulgação do relatório sobre o mercado de trabalho de janeiro, que pode se juntar a dados recentes e corroborar a força da economia americana. Hoje, dados mostraram que a renda pessoal nos EUA subiu em dezembro mais que o esperado, enquanto o índice de atividade do Fed de Dallas subiu em janeiro.


Perto das 15 horas, o dólar comercial subia 0,78%, valendo R$ 3,1636. Na máxima, a cotação alcançou R$ 3,1717 (1,04%), maior alta desde o último dia 23 (1,06%), véspera do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Entre a máxima de hoje e a mínima em quatro meses registrada na sexta-feira passada (R$ 3,1214), o dólar já avançou 1,61%.


Na cena externa, o ICE U.S. Dollar Index - que acompanha o valor do dólar ante um conjunto de seis divisas do G-10 - chegou a ganhar 0,62%, maior alta desde o fim de outubro do ano passado. E o WisdomTree Emerging Currency Strategy (CEW) - ETF que mede os retornos de aplicações em moedas emergentes - caiu na mínima do dia 0,65%, baixa mais intensa em três meses e meio.


No mês, o dólar no Brasil ainda cai 4,46%. Mantido esse ritmo, será a mais forte desvalorização para meses de janeiro desde 2012 (-6,53%).


Para qualquer mês, é a maior queda desde julho passado (-5,92%).